D. Francisco Senra Coelho presidiu ao início do segundo ano pastoral «Discípulos Missionários da Esperança»
Évora, 05 out 2020 (Ecclesia) – O arcebispo de Évora afirmou hoje que são “convidados a dar ao mundo o grande sinal da esperança” no Dia da Igreja da Diocesana, onde apresentou o plano pastoral 2020-2021 a representantes das Unidades Paroquiais e ao clero.
“Somos convidados a dar ao mundo o grande sinal da esperança no meio de muitas esperanças prometidas, passageiras, eufóricas, momentâneas, descobrirmos afinal qual é a esperança”, disse D. Francisco Senra Coelho, no encontro na igreja de S. Francisco que foi transmitido pelos meios digitais porque a participação física está limitada por causa da pandemia do coronavírus Covid-19.
O arcebispo de Évora explicou que a “proclamação” da esperança para ser credível “é um testemunho”, na sequência do que ensinou São Paulo VI: “O mundo de hoje mais do que pregadores necessita de testemunhos”.
“Aqueles que são portadores de esperança, são condutores da humanidade. Quem mostra caminho de esperança à humanidade, conduz a humanidade: Nosso Senhor Jesus Cristo é a esperança no amor doado até ao fim”, realçou na sua intervenção inicial.
Segundo D. Francisco Senra Coelho, o testemunho de unidade em cada comunidade “é fundamental para que a mensagem, ao ser credível, seja uma esperança” e destacou a sua importância na “fragmentação de uma sociedade individualizada, concorrencial”, onde as pessoas se veem como obstáculos, “muitas vezes a desviar, para chegar ao pódio”.
‘Discípulos Missionários da Esperança’ é o tema para o quadriénio que a Arquidiocese de Évora está a viver, e neste Dia da Igreja da Diocesana 2020, o seu arcebispo apresentou o Plano Pastoral 2020-2021 e alertou que “nunca o mundo teve tantas coisas e nunca o débito da esperança foi tão evidente”.
D. Francisco Senra Coelho contextualizou que foi este olhar que fez com que a arquidiocese tomasse a decisão de “propor o ideal da esperança em chave cristã”.
“A esperança é um bem desejado e intensamente procurado por todos e por cada um. De muitos modos a humanidade anseia por este bem e, no seu horizonte, está a utopia da esperança como motor da história. Uma das grandes causas da depressão social da nossa era e que tantos ilustram, resulta do desencanto existencial que é consequência dum materialismo desenfreado e do mero desejo de ter, mais do que a esperança de ser”. (Plano Pastoral 2020-2021)
No primeiro e segundo ano pastoral a Arquidiocese de Évora vai ter tema ‘procurar e acolher’ e no terceiro ‘cuidar e inserir’, para ‘confiar e enviar’ num quarto ano, em 2023, quando vão estar “com a esperança de Portugal, do mundo, que são os jovens no grande encontro mundial da juventude”.
Na apresentação de diversas iniciativas e propostas dos diversos setores que compõem a arquidiocese, neste ano pastoral 2020/2021 onde vão ‘procurar e acolher os sedentos da esperança’, D. Francisco Senra Coelho alertou que “a segunda pandemia vai ser social, na crise de emprego, neste Alentejo marcado pelo turismo”.
“Vêm tempos difíceis, eu acredito que vamos vencê-los mas é necessário juntarmo-nos para ver como a caridade vai ser assumida por nós. Vamos ter comunidades onde está o amor de Cristo, por isso comunidades de bons samaritanos”, acrescentou.
O Dia da Igreja da Diocesana da Arquidiocese de Évora começou com uma reflexão sobre ‘Esperanças e Esperança’, apresentada pelo padre Eduardo Duque, da Arquidiocese de Braga.
CB
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