Igreja: Presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé recorda bispo de Viana do Castelo como «amigo e trabalhador incansável»

«D. Anacleto tinha muito para dar à Igreja em Portugal» – D. António Moiteiro

Lisboa, 21 set 2020 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé lamentou a morte de D. Anacleto Oliveira, bispo de Viana do Castelo, falando num “amigo e trabalhador incansável”.

“Foi-nos levado muito cedo. Tinha um sem número de projetos nas mãos e a Igreja, e a Catequese em Portugal devem-lhe muito. Temos um grande desafio pela frente”, referiu D. António Moiteiro, bispo de Aveiro, em declarações ao portal ‘Educris’.

O responsável católico destaca o “imenso trabalho desenvolvimento por D. Anacleto Oliveira ao longo dos anos na área Bíblica e na catequese”.

“Recordo o seu trabalho fundamental na elaboração da Carta Pastoral ‘Catequese: A Alegria do Encontro com Jesus Cristo’ e cunho pessoal que colocou no novo curso ‘Ser Catequista’ que vem substituir o curso de iniciação catequética”, assinala o presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé.

Lígia Pereira, diretora do Departamento diocesano da EMRC em Viana do Castelo, recorda um bispo que “entrou no coração de todos pela bondade que sempre manifestava e pela capacidade de escutar a todos”.

“Foi um bispo muito próximo dos professores e dos alunos de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC). Interessou-se por compreender e acompanhar a realidade da diocese e depressa percebeu como chegar ao coração de todos”, refere, em declarações ao portal ‘Educris’.

Já o padre Vasco Gonçalves, diretor do Secretariado Diocesano da Catequese de Viana do Castelo, elogia a “intuição de futuro” de D. Anacleto Oliveira, procurando “novos esquemas e formas de estar e fazer”.

O sacerdote destaca a proximidade do falecido bispo “com os catequistas e o modo como os encorajava para a missão”.

“Quando falava com os catequistas tinha, talvez, as intervenções mais empolgantes, mais entusiasmantes, a par das comunicações e encontros que mantinha com as crianças em contexto catequético. Tinha um dom especial que lhe vinha do coração. Queria puxá-los, encorajá-los nesta missão porque era alguém que estava sempre insatisfeito com os caminhos que se vão abrindo e queria ir mais longe”, completa.

O bispo de Viana do Castelo morreu na sequência de um despiste de automóvel, na Autoestrada 2 (A2) perto de Almodôvar, que ocorreu ao fim da manhã de sexta-feira; D. Anacleto Oliveira, de 74 anos, era o único ocupante da viatura.

D. António Luciano, bispo de Viseu, mostrou-se “surpreendido, triste e consternado” com esta notícia, falando num “homem exemplar, um grande bispo corajoso, um pastor de referência para a sua Diocese”.

“Rezo pelo seu eterno descanso, que o bom Pastor o recompense pelo exemplo e testemunho de bondade, humildade e grandeza moral, craveira intelectual, teológica e espiritual”, assinala, numa mensagem divulgada pela Diocese de Viseu.

O Município de Leiria, terra natal de D. Anacleto Oliveira, manifestou em comunicado o seu “profundo pesar”, após o falecimento do bispo de Viana do Castelo e associa-se “ao luto e à dor sentida pela família e amigos mais próximos”.

OC
Notícia atualizada às 23h45

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Agência ECCLESIA

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