Concertos de música sacra animam igrejas da Baixa-Chiado

Em Junho, a Unidade Pastoral da Baixa-Chiado abriu um ciclo de concertos com vista a contribuir para a animação sócio-cultural e cultivo da música sacra, naquela zona nobre da capital. No próximo Domingo, 11 de Junho, às 16h00, na Basílica dos Mártires (à Rua Garrett), o Coral Vértice leva a cabo um recital de música sacra renascentista, correndo compositores da Europa à América Latina. Será o segundo concerto do Ciclo “dos Santos Populares”, o primeiro de quatro a ser promovido, ao longo de um ano, pela Unidade Pastoral da Baixa-Chiado, com vista a contribuir para a animação sócio-cultural naquela zona nobre da capital. A iniciativa visa também abrir os espaços sagrados à música que outrora ou agora foi composta ao serviço da contemplação dos mistérios da Revelação Cristã. Fundado em Outubro de 1974 por membros do Coro Gulbenkian, o Coral Vértice é, hoje, um dos grupos vocais portugueses mais consagrados e respeitados, dentro e fora de portas. Constituído por 12 vozes masculinas (contratenores, tenores, barítonos e baixos), o grupo interpreta música da Idade Média até aos nossos dias, incluindo música erudita – sacra e profana – e tradicional, com especial relevo para a Música Portuguesa. Na interpretação da chamada Música Antiga, acompanha as mais recentes directivas de investigação musicológica, tanto no que se refere ao rigor interpretativo como ao efectivo vocal utilizado. A 11 de Junho, o Coral Vértice interpretará um conjunto admirável de peças sacras, naquela que promete ser uma tarde ímpar de luz de Fé e verdadeira excelência musical, servida por algumas das melhores vozes corais do nosso país, sob a direcção do maestro Sérgio Fontão. O destaque do recital vai para as geniais criações do compositor renascentista português Gaspar Fernandes. A verdadeira grandeza da sua obra passa, antes de mais, pela dimensão cultural no sentido mais lato. Ela mistura as estéticas musicais e as influências étnicas, mescla os continentes e, finalmente, baralha todos os dados históricos adquiridos, entre o latim, o espanhol, o português, o nahua e, ainda, o negrito. A entrada é livre.

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