«Conversas aGosto»: Artes, cultura e beleza dentro do convento, segundo a irmã Maria Amélia Costa

Religiosa Franciscana Hospitaleira da Imaculada Conceição destaca «autênticos artistas que não fizeram história»

 

Lisboa, 21 ago 2020 (Ecclesia) – A irmã Maria Amélia Costa, das Franciscana Hospitaleira da Imaculada Conceição, destacou hoje a “beleza” que existe nos conventos, nomeadamente na sua congregação, na última ‘Conversas aGosto’ desta semana onde partilhou 50 anos de vida religiosa.

“A história dos conventos está muito ligada às artes, à cultura e à beleza. É fácil encontrar nos conventos, eu diria numa grande maioria, autênticos artistas que não fizeram história”, afirmou em declarações à Agência ECCLESIA.

A religiosa das Franciscana Hospitaleira da Imaculada Conceição assinala que o fundador da congregação, o padre Raimundo Beirão, “era músico” e “tem composições muito sérias, com a pauta diretirinha”.

Neste contexto, irmã Maria Amélia Costa, que tem um reportório musical extenso, explica que na história da congregação, e estão “a celebrar 150 anos da fundação, um século e meio de história”, “Deus foi trazendo artistas”.

“Tantas irmãs pintoras de obras de artes que temos nas nossas casas, pintura a óleo, trabalho de mosaico. Por exemplo na cripta [dos fundadores, em Linda-a-Pastora, nos arredores de Lisboa], aqueles azulejos todos é obra da irmã Adelina Alves”, desenvolveu, relançado que a religiosa “é uma artista” e também a autora dos livros que têm “para contar aos mais pequeninos a história dos fundadores”.

Nas Franciscanas Hospitaleira da Imaculada Conceição existem também “artistas em bordados”, como a religiosa, “, uma velhinha”, que “ainda fazia renda de bilros que hoje já quase não se vê”, “um retrato de uma arte e de uma beleza incalculável”.

A irmã Maria Amélia Costa destaca também a beleza que existe na preparação de um espaço que vai acolher uma oração, como na reunião comunitária mensal da lectio divina que as irmãs fazem na sua comunidade e “a sala tem sempre uma simbólica própria”.

“Todos somos seres simbólicos e precisamos dos símbolos para viver”, acrescenta, destacando a dedicação da “irmã responsável por orientar o momento orante”.

Neste contexto, partilha que aprecia a arte e “as muitas artes que depois a arte chama”, por exemplo, “a arte do acolhimento, a arte da postura, a arte da apresentação, a arte da hospitalidade”.

A irmã Maria Amélia Costa conta que está “convencida que hoje o mundo está sensível ao pequeno, ao bem e ao belo”, e para a vida pós-pandemia destaca “um slogan” que o Papa Francisco lançou, que a “fez parar”, sobre a “capacidade para fazer o bem e para o fazer melhor”.

“Acho que o pequeno gesto muitas vezes suscita encontros e encontros de interajuda importantes”, acrescenta, partilhando o “poder” do “pensamento de uma esferográfica que se dá a alguém que serviu bem”, como aconteceu recentemente quando foi “tratar de um Cartão de Cidadão”.

A irmã Maria Amélia Costa, religiosa de 73 anos, esteve esta semana nas ‘Conversas aGOSTO’, desde segunda até esta sexta-feira, a partir das 17h00, que estão disponíveis online, e foi também a convidada do programa de rádio da Ecclesia na Antena 1, pelas 22h45.

LS/CB

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