Misericórdias procuram maior abertura à sociedade

Conclusões do II Congresso das Misericórdias do Norte As Santas Casas das Misericórdias do Norte, reunidas em espírito de União das Misericórdias e na participação interpretativa dos anseios e preocupações das comunidades de hoje que servem com solidariedade, aprovam e tornam público o seguinte: 1. Reafirmar a vitalidade e o dinamismo das Misericórdias do Norte enquanto parte do todo nacional, bem como a sua disponibilidade para enfrentar os desafios do futuro em prol dos mais desfavorecidos assente nos valores consagrados na doutrina social da Igreja. 2. As Misericórdias do Norte reconhecem que estes desafios requerem uma organização interna cada vez mais profissional e rigorosa, com permanente avaliação da homogeneidade comportamental e da competência dos seus serviços e equipas de trabalho. 3. Que a diversidade geográfica e as respectivas consequências, mormente para o interior, devem ser tomadas em consideração com o objectivo de assegurar um desenvolvimento sustentado e equilibrado. 4. O Congresso reconhece as vantagens da estruturação sectorial da União das Misericórdias em grupos, como instrumento facilitador de apoio concreto e específico às diversas áreas de actividade das Misericórdias. 5. O Congresso reconhece que o desiderato da qualidade apoiada nas boas práticas, na formação contínua, na segurança e adequação das instalações, é um objectivo fundamental para o reforço da imagem das Misericórdias. 6. Que a credibilidade é fundamental para definir um relacionamento com o Estado assente no diálogo aberto e no respeito pela autonomia do sector social, em conformidade com o reconhecimento da responsabilidade pública da Missão das Misericórdias. 7. Que o espírito do Pacto da Cooperação para a Solidariedade Social constitua uma verdadeira carta de princípios e regras motivadoras de parcerias e compromissos sociais, plasmados em protocolos e acordos de cooperação que visam objectivos de solidariedade e economia social, assim se distinguindo das práticas de contratualização. 8. O Congresso analisou o princípio da diferenciação positiva e concluiu pela necessidade de rever a participação das famílias no sentido de assegurar a partilha entre os que mais têm e os que mais precisam. 9. Que a acção das Misericórdias no apoio às famílias com crianças em idade de creche merece ser reconhecida e incentivada como uma medida pró-natalidade; igualmente e face à evolução dos Centros de ATL, urge procurar novos públicos e ampliar os princípios de diferenciação pedagógica e de qualidade educativa que marcam a intervenção das Misericórdias, supondo sempre maior apoio oficial na promoção de iniciativas para novos desafios. 10. Que a sustentabilidade das actividades sociais das Misericórdias reclama um financiamento compatível, notando que, nesse contexto, assume particular relevância a participação activa da União das Misericórdias nos Jogos Sociais. 11. O Congresso reflectiu sobre os desafios que se colocam às Misericórdias para melhor servir as comunidades de hoje e no futuro, tendo concluído pela necessidade de: Desenvolvimento de parcerias entre si, nomeadamente pela via da partilha de experiências; Criação de instrumentos próprios comuns para uma definição de critérios de qualidade e acreditação; Articulação permanente com os serviços centrais da União das Misericórdias, em especial no que respeita a disponibilização de grupos preparados para trabalhar em sectores específicos; Criar iniciativas no âmbito da economia social com o fim de gerar recursos próprios como factores de sustentabilidade; Proceder a avaliações internas no sentido de auxílio à gestão de cada Misericórdia; Ambicionar uma rede única de solidariedade social pela autonomia e identidade, meios e recursos humanos, capacidade de servir e conhecimentos de que dispõem as Misericórdias na sua organização, visibilidade e integração nas comunidades locais.

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