Igreja: Irmã Graça Guedes eleita presidente da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal

Padre Pedro Fernandes é o vice-presidente num mandato com a Jornada Mundial da Juventude no horizonte e a ecologia e a comunicação como prioridades

Foto CIRP, Padre Pedro Fernandes e Irmã Graça Guedes

Fátima, 29 jun 2020 (2020) – A irmã Graça Guedes foi hoje eleita presidente da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP) para o próximo triénio (2020-2023) e o padre Pedro Fernandes como vice-presidente, durante a Assembleia Geral que decorre em Fátima.

Em declarações à Agência ECCLESIA, a irmã Graça Guedes disse que é “uma grande responsabilidade” presidir à CIRP, uma vez que é o “rosto de uma parcela da Igreja”, que deseja dar relevância “da forma mais fiel que for capaz”.

“Toda a Assembleia, de uma forma geral manifestou-se e considerou que poderia dar essa colaboração e prestar essa colaboração à Igreja e à Vida Consagrada, acabei por aceitar, na humildade”, afirmou a nova presidente da CIRP.

A irmã Graça Guedes pertence à Congregação das Religiosas do Amor de Deus e era vice-presidente da CIRP no mandato anterior (2017-2020), presidido pelo missionário comboniano padre José Vieira.

O padre Pedro Fernandes, eleito vice-presidente da CIRP na Assembleia Geral que decorreu hoje, em Fátima, pertence à Congregação dos Missionários Espiritanos.

De acordo com comunicado final da XXX Assembleia Geral da CIRP enviado à Agência ECCLESIA, o encontro dos superiores maiores ou equiparados teve como objetivo essencial a eleição dos órgãos diretivos da Conferência e propôs algumas “linhas de ação” definidas em diferentes trabalhos de grupo.

“Dar atenção aos sinais destes tempos imprevisíveis, conjugando maleabilidade e firmeza”, “revalorizar a ecologia integral, na linha da Laudato Si’”, “testemunhar a Vida Consagrada para o despertar de Deus na juventude, tendo em vista as Jornadas Mundiais da Juventude, em 2023” e “reforçar os meios de comunicação social e as plataformas digitais” são prioridades da CIRP para os próximos anos.

As religiosas e religiosos de Portugal querem também “valorizar a internacionalidade e a intercongregacionalidade” e desejam que “as consagradas e os consagrados se coloquem na linha da frente diante da nova normalidade”.

O padre José Vieira, que terminou o mandato como presidente da CIRP, “expressou solidariedade com os mais de 10 milhões de infetados e apelou ao silêncio orante pelas vítimas”, disse que o tempo de confinamento pode ser “um tempo de graça”, apelou a uma vida “em sobriedade feliz” e valorizou a internet como “meio de relação e evangelização”.

Foto CIRP, Assembleia Geral

Para além da presidente e do vice-presidente, a CIRP elegeu como vogais da direção a irmã Natália Maria Areias da Rocha (da Aliança de Santa Maria), o padre Adelino Ascenso (da Sociedade Missionária da Boa Nova) e a irmã Alzira Rodrigues Ferreira (das Dominicanas de Santa Catarina de Sena).

Para o Conselho Fiscal foi eleita para presidente a irmã Maria da Conceição Oliveira Fernandes (das Irmãs de São João Baptista e de Maria Rainha), para secretário o padre Tiago Martinho Alberto (da Congregação dos Agostinhos) e a iamã Maria de Fátima Machado (das Irmãs de São José de Cluny) foi eleita vogal

O comunicado final refere também que a Assembleia Geral da CIRP saudou “o novo presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. José Ornelas Carvalho, bispo de Setúbal, e o Padre Manuel Joaquim Gomes Barbosa, reconduzido no cargo de secretário da mesma CEP”.

A Conferência dos Institutos Religiosos é um organismo de direito pontifício, que integra os Institutos Religiosos masculinos e femininos e as Sociedades de Vida Apostólica, existentes em Portugal, visando “realizar um trabalho de coordenação e auxílio mútuo” entre eles.

Segundo os últimos dados disponibilizados pelo Vaticano, relativos a março de 2017, Portugal tinha 907 sacerdotes de congregações e ordens religiosas, 237 religiosos, 4603 religiosas e 552 membros de Institutos Seculares.

Na Igreja Católica, a Vida Consagrada é constituída por homens e mulheres que se comprometeram, pública e oficialmente, a viver (indivualmente ou em comunidade) os votos de pobreza, castidade e obediência para toda a vida; hoje inclui leigos, sacerdotes, religiosas e religiosos.

PR/OC

(Notícia atualizada às 21h00)

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Agência ECCLESIA

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