Numa sociedade da comunicação onde, muitas vezes, o que prevalece é uma opção pela informação com base no sensacionalismo, motivada pelas audiências, “é a qualidade da informação que triunfará”, concluiu-se ontem em Aveiro, numa «Conversa Aberta» com o jornalista José Carlos Vasconcelos, director do «JL – Jornal de Letras, Artes e Ideias» e coordenador editorial da revista «Visão». Promovido pelo Centro Universitário Fé e Cultura (CUFC), este encontro de debate integra-se no Fórum UniverSal, que desde Novembro do ano passado, e com uma periodicidade mensal, pretende ser um “espaço de encontro, de tertúlia e de conversa”, onde as questões e temas abordados são aqueles que estão “na ordem do dia”, referiu à Agência ECCLESIA o Pe. Alexandre Cruz, da equipa do CUFC. Ontem, foi assinalado o Dia da Liberdade de Imprensa, e por isso mesmo o tema desta Conversa Aberta procurou ir ao encontro de um assunto que é “hoje, um grande desafio”, salientou, “ajudando-nos a pensar em muita coisa. Recorrendo à sua própria experiência de vida e “focando diversos aspectos”, José Carlos Vasconcelos lembrou a liberdade de imprensa no “pré 25 de Abril e pós 25 de Abril”, disse o Pe. Alexandre. Recentemente esteve na ordem do dia a questão das «caricaturas», e esse facto não foi esquecido no debate de ontem à noite em Aveiro. “A imprensa tem de respeitar a identidade dos símbolos e tem que ir permanentemente educando a sua própria liberdade para respeitar os valores de consciência”, frisou o Pe. Alexandre. Sobre a questão «Liberdade de Imprensa: informar ou deformar?» que serviu de mote para este encontro, a conclusão a retirar é a de que “a aposta éstá na qualidade” e o papel informativo e formativo está em primeiro lugar”. Porém, “existem, por vezes, deformações, mas essas demostram e denotam uma dimensão formativa que é preciso implementar num processo educativo”, acentuou. O Fórum UniverSal vai continuar, e no dia 7 de Junho a escritora Agustina Bessa Luís vai a Aveiro para falar de literatura.
