Brasil: «Frente pela Vida» promove Marcha Virtual em defesa das vítimas da pandemia

Bispos católicos rejeitam acusações de troca de favores com o Governo

Brasília, 08 jun 2020 (Ecclesia) – O Brasil vai viver esta terça-feira uma ‘Marcha Virtual pela Vida’, promovida por entidades de diversos setores da sociedade civil, em defesa das vítimas da pandemia, com apoio da Conferência Episcopal local (CNBB).

“Com atividades transmitidas pelas redes sociais ao longo do dia, o objetivo é chamar a atenção dos brasileiros para o fortalecimento dos valores fundamentais para que a sociedade brasileira tenha condições de enfrentar a pandemia do coronavírus: a vida, a saúde e o SUS [Serviço Nacional de Saúde], a solidariedade, a preservação do meio ambiente, a democracia, a ciência e a educação”, refere uma nota divulgada pelo episcopado católico no Brasil.

A iniciativa é promovida pela ‘Frente pela Vida’, com atividades locais e regionais, acompanhadas pela hashtag #MarchaPelaVida.

A CNBB reagiu, por outro lado, a notícias que davam conta do apoio de cadeias televisivas católicas ao atual Governo, em troca de apoios financeiros do Executivo presidido por Jair Bolsonaro.

Os bispos esclarecem que “as emissoras intituladas ‘de inspiração católica’ possuem naturezas diferentes”, mas “nenhuma delas e nenhum dos seus membros representa a Igreja Católica, nem fala em seu nome”.

“A Igreja Católica não faz barganhas. Ela estabelece relações institucionais com agentes públicos e os poderes constituídos pautada pelos valores do Evangelho e nos valores democráticos, republicanos, éticos e morais”, acrescenta o texto.

A CNBB publicou ainda uma nota sobre a onda de protestos contra o racismo e a violência policial, após o assassinato de George Floyd, nos EUA, intitulada “Vidas Negras Importam”.

“Trata-se de um clamor que brota de diferentes vozes, afirmando que ‘vidas negras importam sim’, e não podem ser exterminadas de forma brutal e covarde pelas forças policiais”, destaca a tomada de posição da Pastoral Afro-Brasileira, criticando “processos históricos de banalização e destruição das vidas dos negros e negras”.

OC

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Agência ECCLESIA

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