Francisco recebeu participantes no Fórum Mundial das ONG, a quem pediu «trabalho em equipa» e um «Pacto Global sobre Educação»
Cidade do Vaticano, 07 dez 2019 (Ecclesia) – O Papa Francisco pediu hoje às Organizações Não Governamentais (ONG) católicas que invistam na “formação e educação”, pois estas são “prioridades para a Igreja”, disse em audiência aos participantes no Fórum Mundial das ONG.
Os direitos humanos e a melhoria de condições de vida das pessoas, habitação, educação, desenvolvimento e outros problemas sociais, conduz o trabalho destas organizações.
Também a Igreja, afirmou o Papa, que “vive e atua neste mundo”, conta com a colaboração das várias associações católicas internacionais.
Francisco pediu um “trabalho coerente” para responder à “complexidade do mundo e a crise antropológica”, assente no “diálogo” e na “reflexão positiva sobre a dignidade humana”.
“Tal testemunho supõe uma grande fé e confiança e uma preparação profissional adequada em assuntos científicos e humanos na perspetiva cristã, sugeriu.
Segundo o Papa, a Doutrina Social da Igreja oferece princípios eclesiais adequados para servir melhor a humanidade.
Para a sua concretização o Papa propôs três meios para a sua ação concreta: “formação dos membros, meios materiais necessários e trabalho em equipa”.
“A formação e a educação estão entre suas metas prioritárias”, afirmou, apelando a um «Pacto Global sobre Educação», “para a construção da paz, justiça, acolhimento dos povos e solidariedade universal, além do cuidado da nossa “Casa comum””.
Este trabalho só será “possível” com “meios materiais necessários”.
“Os meios são importantes e necessários, mas, às vezes, não são suficientes para alcançar os objetivos propostos. No entanto, não devemos desanimar, sabendo que a Igreja sempre realizou grandes obras com poucos recursos”, constatou Francisco.
Trabalhar em equipa é o caminho para “enaltecer ainda mais o valor das obras”, referiu, destacando, “a comunhão e o caminhar juntos na mesma missão ao serviço do bem comum, através da corresponsabilidade e da contribuição de todos”, como metas da Igreja.
Francisco referiu-se ainda à tarefa do Fórum Mundial das ONG de “unir forças” para a concretização de projetos.
“O mundo de hoje clama por uma nova audácia e uma nova imaginação para criar outras formas de diálogo e cooperação para favorecer uma maior cultura de encontro, onde a dignidade do ser humano, segundo o plano criador de Deus, seja colocada ao centro”, finalizou.
LS