Jovens vivem «desafios sem precedentes» no mundo do trabalho, refere movimento
Lisboa, 09 out 2019 (Ecclesia) – Os movimentos europeus da Juventude Operária Católica (JOC) afirmam que os jovens “são a primeira geração a enfrentar os desafios da evolução” e pedem à sociedade “atenção ao que têm a dizer” e “confiem neles para conceber um futuro”.
“Somos seres sociais por natureza e queremos contribuir para a sociedade através do trabalho. Temos uma sede inerente de conhecimento, uma vontade de continuar a procurar novos caminhos e explorá-los”, lê-se num comunicado conjunto de Portugal, Espanha, Catalunha, França, Itália, Inglaterra e País de Gales e a coordenação internacional do movimento, por ocasião do Dia Internacional pelo Trabalho Digno.
Na informação enviada à Agência ECCLESIA, os movimentos europeus da JOC realçam que os jovens receberam “o dom da criatividade e vontade de se adaptarem positivamente” às mudanças dos “desafios da evolução”.
Os jovens procuram “sempre melhores” maneiras de comunicar, permanecendo conectados e “acreditando” que é através de “uma melhor disseminação da comunicação” que podem ter um “maior impacto na sociedade” e o local de trabalho não é exceção.
A Juventude Operária Católica da Europa pede à sociedade que preste “atenção” ao que os jovens têm a dizer e que confiem neles para “conceber um futuro onde”, por exemplo, a tecnologia existe para “ajudar e melhorar a qualidade de vida dos seres humanos, nunca o contrário”, onde a dignidade dos jovens, “dada por Deus, possa ser respeitada em todos os aspetos”, e a “sustentabilidade, liberdade, paz e amor” estão presentes em todos os aspetos das suas vidas.
A nota alerta que a “precariedade laboral” e o “estilo de vida da sociedade” que originam a aceitação de situações onde os jovens acabam por ter “dificuldades para se emancipar e iniciar seu projeto de vida”.
Neste âmbito, os jovens católicos exemplificam que o horário de trabalho flexível e a mão-de-obra digital “causam de forma escondida mais horas de trabalho, que não são remuneradas”, o que leva a “sérios problemas de stress e pressão no local de trabalho”, e o mercado de trabalho que “exige altos conhecimentos e experiências laborais, difíceis de realizar”.
“Seremos capazes de obter mais oportunidades de emprego, que precisam de ser mais ecológicas, sociais, ativas e sustentáveis. Também temos que proteger e capacitar os jovens, especialmente aqueles que sofrem com a pobreza e são socialmente excluídos”, desenvolvem.
A Juventude Operária Católica – Portugal, Espanha, Catalunha, França, Itália, Inglaterra e País de Gales, e a Coordenação Internacional da JOC (CIJOC), refletiram sobre ‘O Futuro do Trabalho’, num encontro internacional realizado entre 25 e 29 de julho, na Diocese do Porto.
O movimento de jovens, “pelos jovens e para os jovens, inquietos com a realidade” em que vivem”, nasceu na Bélgica em 1925, pela iniciativa do então jovem padre Joseph Cardijn e de um grupo de jovens trabalhadores e trabalhadoras, e 10 anos depois começou a sua atividade em Portugal, em 1935.
CB/OC
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