Curso vai ter lugar entre 16 e 22 de setembro e já recebeu o incentivo do Papa Francisco
Lisboa, 21 ago 2019 (Ecclesia) – A Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração, da Universidade Lusófona em Lisboa, vai promover entre 16 e 22 de setembro uma pós-graduação em Ciências da Paz.
Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a instituição educativa explica a aposta nesta formação como uma “resposta ao apelo do Papa Francisco, e ao posicionamento recente de vários líderes religiosos e políticos” no sentido da necessidade de uma nova conjuntura social, que vá ao encontro de uma sociedade mais pacífica e fraterna.
A mesma nota destaca “uma carta” do Papa, “recebida da Secretaria de Estado do Vaticano”, onde Francisco deixa uma saudação a esta iniciativa da Universidade Lusófona.
“As mais copiosas bênçãos do Céu sobre docentes e discentes do curso de pós-graduação em Ciências da Paz e sobre toda a comunidade académica da Universidade Lusófona”, pode ler-se.
Inspirado em iniciativas como “a Declaração de Abu Dhabi, assinada pelo Papa Francisco e pelo Grande Imã Ahmad Al-Tayyeb”, a “Carta pela Compaixão de Karen Armstrong” ou o “Manifesto para uma ética planetária de Hans Kung”, este curso de pós-graduação vai funcionar “em regime de ensino intensivo e implicará a apresentação de um projeto”.
“A marca fundamental deste Curso”, para lá “de uma forte natureza interdisciplinar”, e de um programa que alia “a cultura humanista” ao saber “científico”, vai ser “a do diálogo entre as Religiões”.
Ao longo de uma semana, os formandos vão ser desafiados também a refletir sobre “as dimensões culturais, políticas, económicas, jurídicas, educacionais e mediática” e a sua importância para a paz e para a resolução de conflitos, desde o plano nacional e internacional até a um nível mais específico, dos grupos, associações e movimentos.
Esta pós-graduação em ‘Ciências da Paz’, cuja coordenação está a cargo dos professores Luís Archer e Paulo Mendes Pinto, é aberta a todos os interessados, incluindo “licenciados de qualquer área científica”, pessoas “sem formação superior”, membros de “qualquer denominação religiosa” e agentes de organizações não governamentais.
“Criar, educar e formar profissionais capazes de assimilar e concretizar uma cultura específica da paz, a partir da tradição teológica e filosófica dos Peace studies, próprios da dimensão jurídica e social para enfrentar os desafios urgentes de uma sociedade complexa, multicultural e pós-global”, são alguns dos objetivos estabelecidos para este curso.
Ao mesmo tempo os formandos serão chamados a “adquirir competências para operar em cenários de conflitos, cooperar na promoção do bem comum e da paz, serem mediadores culturais nos diferentes contextos nacionais e internacionais”.
Num plano de estudos composto por 81 horas, destacam-se módulos como ‘Ecologia, Responsabilidade e Governo’, ‘O Modo Português de Diálogo’; Paz, Religião e Diálogo’, ‘Perceções e Representações da Conflitualidade e da Paz’, e ‘Sociedade e Desenvolvimento’.