Nigéria: Irmãs de Nossa Senhora de Fátima pedem ajuda aos «amigos de Portugal» contra clima de terror no norte do país

Fundação Ajuda a Igreja que Sofre iniciou campanha de apoio

Foto: As irmãs de Nossa Senhora de Fátima buscam apoio para a sua missão na Diocese de Pankshin

Lisboa, 29 mai 2019 (Ecclesia) – As irmãs da congregação de Nossa Senhora de Fátima, presentes atualmente na Nigéria, publicaram um vídeo através da Fundação Ajuda a Igreja que Sofre (AIS) onde pedem a ajuda de Portugal para os desafios do país.

Na mensagem enviada hoje à Agência ECCLESIA, a irmã Florence Golam, madre superiora da congregação, destaca de modo particular o contexto dramático em que vivem as comunidades “no norte do país”, devido à ação do grupo fundamentalista islâmico ‘Boko Haram’.

Desde há vários anos, o ‘Boko Haram’ tem procurado estabelecer pela força um califado islâmico no norte da Nigéria, maioritariamente cristão.

“Às vezes dizemos que é uma questão política, mas há sempre uma espécie de interferência religiosa”, realça a irmã Florence Golam.

Em conjunto com outras 11 religiosas da congregação de Nossa Senhora de Fátima, entre as quais algumas noviças, a madre superiora pede “aos amigos de Portugal” para que rezem por todas as pessoas da Nigéria.

“Lembrem-se de nós nas vossas orações, para que nós, fortalecidas com o poder de Deus, possamos enfrentar os desafios dos nossos tempos”, refere aquela responsável.

A congregação das Irmãs de Nossa Senhora de Fátima tem como missão “rezar pela paz e evangelizar” as comunidades do norte da Nigéria, em particular na Diocese de Pankshin.

Uma tarefa que, segundo a madre superiora, “estão dispostas a cumprir contra todos os riscos”.

“Tanto as minhas irmãs como as noviças estão dispostas a fazer frente aos desafios, mesmo que para tal tenhamos de morrer”, frisa a irmã Florence Golam.

A Fundação AIS está atualmente a apoiar a congregação na construção de uma nova capela, contando para isso com o contributo de inúmeros benfeitores espalhados pelo mundo.

O projeto tem como objetivo proporcionar às 65 irmãs consagradas a Nossa Senhora de Fátima um novo local de culto aberto a “toda a comunidade” e que ao mesmo tempo “possa funcionar como centro de vida cristã da Diocese de Pankshin”.

Em resposta à mensagem destas irmãs, a Fundação AIS abriu uma campanha em Portugal para todos os seus benfeitores e amigos, para que “possam adotar na oração as 65 irmãs consagradas a Nossa Senhora de Fátima”.

De acordo com a organização não governamental ‘Portas Abertas’, no último ano mais de 4 mil cristãos foram mortos por causa da sua fé, com a Nigéria a encabeçar a lista de países com mais assassinatos.

JCP

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Agência ECCLESIA

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