Documento dá continuidade à Constituição Apostólica «Anglicanorum Coetibus»
Cidade do Vaticano, 09 abr 2019 (Ecclesia) – O Papa Francisco aprovou hoje uma nova versão revista das normas complementares da Constituição apostólica ‘Anglicanorum Coetibus’, que abre aos fiéis anglicanos a possibilidade de regressarem à Igreja Católica, dez anos depois da sua promulgação, inserindo novos parágrafos.
O sítio ‘Vatican News’ informa que a atualização “tornou-se necessária depois de uma fase de adaptação” e foram recebidas algumas sugestões e algumas indicações teológicas, de direito canónico e ecuménicas, para “tornar a aplicação das normas mais coerente com o espírito da Constituição Apostólica”.
A versão aprovada hoje pelo Papa Francisco, e publicada na sala de imprensa da Santa Sé, está assinada pelos responsáveis da Congregação para a Doutrina da Fé, o cardeal Luís Ladaria Ferrer, e pelo secretário o arcebispo Giacomo Morandi.
A Constituição Apostólica ‘Anglicanorum coetibus’, do agora Papa emérito Bento XVI, foi publicada a 4 de novembro de 2009, após cuidadosa consulta com a Conferência Episcopal de Inglaterra e País de Gales, e estes 10 anos permitiram “focar a atenção em certos aspetos para tornar a sua implementação mais fiel, inserindo novos parágrafos no texto”.
Em novembro, uma conferência internacional vai fazer um balanço desta década na Universidade Pontifícia Gregoriana, adianta o ‘Vatican News’.
Com a ‘Anglicanorum Coetibus’ foi fornecida uma normativa geral para a instituição e a vida de ordinariatos pessoais para os fiéis anglicanos que desejavam plena comunhão com a Igreja Católica e, atualmente, existem três: Nossa Senhora de Walsingham – nome do mais importante santuário mariano inglês partilhado por católicos e anglicanos, na Inglaterra (15 de janeiro de 2011), Cátedra de São Pedro, nos Estados Unidos, e Nossa Senhora da Cruz do Sul, na Austrália.
As principais divisões entre as Igrejas cristãs ocorreram no século V, depois dos Concílios de Éfeso e de Calcedónia (Igreja copta, do Egito, entre outras); no século XI com a cisão entre o Ocidente e o Oriente (Igrejas ortodoxas); no século XVI, com a Reforma Protestante e, posteriormente, a separação da Igreja de Inglaterra.
CB