Arcebispo da Beira agradece «prontidão» demonstrada no apoio às populações atingidas pelo ciclone Idai
Lisboa, 21 mar 2019 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda a Igreja que Sofre (AIS) vai enviar uma primeira ajuda de emergência para Moçambique, no valor de 30 mil euros, para apoiar as populações atingidas pelo ciclone Idai.
Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, Catarina Martins de Bettencourt, diretora do secretariado português da AIS, salienta que este apoio deverá chegar ao destino “ainda esta semana” e desafia todas as “pessoas de boa vontade” a envolverem-se neste esforço, em benefício das populações e famílias “que perderam tudo”, no meio desta catástrofe natural.
Aquela responsável salienta ainda que a AIS “está em estreito contacto com a Igreja Católica de Moçambique para fazer o levantamento das necessidades”, e não perde de vista a situação de outros países afetados pelo ciclone Idai, como o Zimbabué e o Malawi.
De acordo com o último levantamento feito pelas autoridades, em Moçambique já se registaram pelo menos 217 mortes devido às intempéries, aos ventos fortes, às chuvas e inundações que fustigaram o país na última semana.
No âmbito da campanha da AIS, o responsável pela arquidiocese moçambicana da Beira, D. Cláudio Dalla Zuana, já veio agradecer o esforço da organização católica e a “prontidão” demonstrada no apoio às populações daquele país lusófono.
O arcebispo recorda de modo especial “o drama vivido pela população de Sofala, no centro de Moçambique”, onde “após a passagem do ciclone Idai” se perderam “dezenas de vidas humanas”.
A tempestade provocou ainda “muitos feridos, desalojou muitas famílias e provocou muitos danos nas estruturas paroquiais, casas religiosas e casas de formação”.
De acordo com o responsável católico, as verbas que vão ser disponibilizadas pela AIS vão ser canalizadas sobretudo para ajudar o esforço da Igreja Católica local, no que toca à aquisição de bens essenciais ao apoio de emergências para as populações, como “lonas plásticas, material básico de habitação – baldes, copos, pratos, entre outros utensílios – alimentos e a logística para a deslocação”.
Cerca de 15 mil pessoas aguardam resgate urgente em Moçambique, em territórios mais devastados e alagados, e pelo menos 30 portugueses estão desaparecidos.
No Zimbabué, as autoridades estimam que pelo menos 98 pessoas morreram, e no Malawi há a registar por agora 56 vítimas mortais.
JCP