JMJ 2019: Jovens de Portugal assumiram o desafio da unidade deixado pelo Papa (c/vídeo)

Na cerimónia de abertura, Francisco pediu também a mobilização dos jovens na construção social

Foto Agência ECCLESIA/PR

João Pedro Gralha e Paulo Rocha, enviados da Agência ECCLESIA ao Panamá

Cidade do Panamá, 24 jan 2018 (Ecclesia) – O Papa Francisco foi hoje recebido em festa pelos participantes na Jornada Mundial da Juventude e deixou entre os jovens o desafio à construção da unidade, a participação e o silêncio diante de uma decisão.

Um grupo de jovens do Patriarcado de Lisboa participou na cerimónia de acolhimento do Papa e saía do primeiro encontro entre os jovens e Francisco sentindo um mandato: construir unidade.

“Ele falou muito da unidade dos jovens! Mesmo que falemos todos línguas diferentes e tenhamos cores diferentes, somos todos um e teremos que reforçar a nossa união porque senão há muros e a liberdade que existe vai deixar de existir”, disse Carolina Borges em declarações à Agência ECCLESIA.

Para Mariana Almeida, a necessidade de “construir pontes” é cada vez maior, diante da “desagregação” social.

“Este foi o grande desafio que o Papa nos impeliu: sermos pontes onde somos enviados”, acrescentou.

Cláudia Lourenço focou-se sobretudo na necessidade de fazer silêncio, à imagem de Nossa Senhora, quando é necessário responder a algum desafio.

“Quando sentimos que Deus nos está a pedir alguma coisa, a desafiar para alguma coisa, fazer silencio dentro de nós, estejamos onde estivermos, para podermos responder com calma, como fez Maria”, afirmou.

Foto: Agência ECCLESIA/PR

Para o padre Carlos Gonçalves, do Serviço de Pastoral Juvenil do Patriarcado de Lisboa, a JMJ é uma “continuação da ideia do Sínodo”, acentuando a escuta e também “pôr os jovens em movimento”, tendo uma “ação concreta na vida social”, acreditando que “há uma mudança possível”.

“Achei muito interessante a maneira como ele falou da união dos jovens e quão fantástico é conseguirmos juntarmo-nos todos e estarmos todos juntos no maior encontro a nível mundial”, lembrou Margarida, acrescentando que cada jovem tem de deixar a sua “marca no mundo”.

“Não podemos ficar sossegados”, acrescentou.

“O Papa pede que fiquemos unidos, que sejamos todos um. Devemos como Igreja, ser una, não criando divisões”, disse João Valdemar.

No seu primeiro contacto com os peregrinos católicos dos cinco continentes, o Papa convidou-os a “rejeitar muros”, promover a “cultura do encontro”, e pediu aos participantes no evento que mantenham vivo “um sonho comum”, com a sua fé em Jesus.

Esta sexta-feira, Francisco vai presidir a uma celebração penitencial, com jovens reclusos do Centro Correcional de Menores Las Garças de Pacora, uma localidade situada a 46 quilómetros da capital, Cidade do Panamá.

Nesse mesmo dia, depois de regressar de helicóptero à Nunciatura Apostólica, Francisco estará de novo, pelas 17h30 (22h30 em Lisboa), no Campo Santa Marta la Antígua, para presidir à Via-Sacra com os jovens.

PR

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Agência ECCLESIA

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