Era uma vez um judeu, um muçulmano e um cristão

Domingos Freire de Andrade

Promover a religião como meio de reconciliação e resolução de conflitos foi o objetivo do programa em que Domingos Freire de Andrade participou na Terra Santa. Uma experiência de encontro e uma aproximação ao conflito israelo-palestiniano.

Era uma vez um judeu, um muçulmano e um cristão. Não querendo defraudar expectativas, este artigo não se trata da tradicional anedota sobre religiões, referindo-se antes a um programa de diálogo inter-religioso (ver vídeo), que decorreu entre 16 e 23 de dezembro, desenvolvido pela London School of Economics and Political Science. Programa que tinha por objetivo promover a religião como um meio de reconciliação e resolução de conflitos. Para o efeito, durante uma semana, um grupo de alunos esteve em Israel e na Palestina, a visitar locais sagrados e a reunir com ativistas empenhados na resolução do conflito israelo-palestiniano. Desta experiência profunda de encontro, destaco a dimensão espiritual, o diálogo inter-religioso e a aproximação ao conflito israelo-palestiniano.

Uma ida à Terra Santa é sempre um momento marcante para judeus, muçulmanos e cristãos. Os judeus no muro das lamentações, os muçulmanos na mesquita de Al-Aqsa e os cristãos no Santo Sepulcro, ao visitarem alguns dos locais com mais significado para a sua religião, têm a oportunidade de se sentirem especialmente ligados ao credo que professam, mas são também desafiados na sua fé. Acreditar que o muro das lamentações é o muro ocidental do segundo Templo de Jerusalém, que o profeta Mohamed ascendeu aos céus na rocha que jaz por baixo da Cúpula da Rocha ou que Jesus foi crucificado, ungido e sepultado na agora Igreja do Santo Sepulcro, exige fé.

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Agência ECCLESIA

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