Natal: «Igreja que somos tem por missão garantir um reduto de fé e de esperança» –  Bispo de Coimbra

D. Virgílio Antunes alerta para «deserto vasto de incredulidade e desespero»

Foto: Diocese de Coimbra

Coimbra, 26 dez 2018 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra afirmou que a Igreja recebeu a luz de Cristo “para se purificar e renovar a si mesma” e realiza a sua missão quando “a apresenta à humanidade” como fonte de salvação para todos.

“A Igreja que nós somos tem por missão garantir um reduto de fé e de esperança no meio de um deserto vasto de incredulidade e desespero, frutos das demolidoras experiências negativas e pessimistas que afetam as pessoas e os povos”, disse D. Virgílio Antunes na Sé Nova, na homilia da Missa da noite do Natal.

O bispo de Coimbra sustentou que, se a Igreja deixasse de acolher e testemunhar a mensagem do Natal de Jesus “ficaria um imenso vazio”.

“As trevas poderiam dominar a luz e as esperanças da humanidade poderiam ser submergidas pelo desânimo que tão facilmente se enraíza no coração dos homens”, observou, tendo explicado que a Igreja recebeu a luz de Cristo para “se purificar e renovar a si mesma”, e realiza a sua missão quando “a apresenta à humanidade como fonte de salvação para todos”.

O bispo diocesano referiu que a primeira parte do desafio consiste em acolher a mensagem do Natal de Jesus como “uma realidade que transforma e conduz a totalidade da nossa vida” e depois anunciar “com alegria o dom” que se recebe, “como um tesouro que se comunica e partilha”.

D. Virgílio Antunes sugeriu dois dinamismos que “ajudarão a uma maior vivência deste mistério” do Natal.

Primeiro, sublinhou que esta é uma celebração “enraizada na condição humana”, na cultura portuguesa e na fé cristã.

“Diante da tendência generalizada de uma fé privada, relegada para o âmbito da consciência individual, somos convidados a celebrar o natal cristão na comunidade familiar e na comunidade crente”, desenvolveu, realçando que a participação na celebração comunitária da Missa “constitui o momento mais alto de todo o culto cristão”.

No segundo dinamismo, convidou a uma atitude de “acolhimento” que “manifeste o amor a Deus e o amor ao próximo”, afinal Jesus que veio para todos “não pode ser celebrado por pessoas que se ignoram, que se excluem ou que se guerreiam por quaisquer motivos”.

Na homilia publicada no sítio online da diocese, D. Virgílio Antunes explica o acolhimento no seio familiar “constitui o sinal mais forte do espírito cristão do Natal” e tem continuidade no coração aberto “a acolher os pobres, os desprotegidos, os migrantes e toda a pessoa, pelo simples facto de ser uma pessoa”.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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