Natal: «Desejar bom Parto a Nossa Senhora é desejar bom Natal» – padre Nélio Tomás

Na Paróquia de Alfragide, no Patriarcado de Lisboa, a comunidade madeirense reuniu-se para celebrar a tradição da “Missa do Parto”

Lisboa, 15 dez 2018 (Ecclesia) – A comunidade madeirense a viver em Lisboa reuniu-se este sábado na Paróquia de Alfragide, no Patriarcado de Lisboa, para celebrar a missa do Parto, uma tradição madeirense.

Ao nascer do dia, pelas 06h30, na Igreja da Divina Misericórdia, em Alfragide, dava início esta tradição madeirense que “ao desejar bom Parto a Nossa Senhora é também desejar um bom Natal a todos”, como diz o pároco Nélio Tomás, também ele natural da Madeira, em declarações à Agência ECCLESIA.

“Junta-se população madeirense da grande Lisboa, num sinal de comunhão, de vida e alegria e é também uma forma de dar a conhecer uma tradição que abre a porta para a proximidade do Natal”, explica.

A iniciativa começou há cerca de quatro anos e cada vez junta mais madeirenses que querem recordar e vivenciar esta tradição, um momento exclusivo para cantar versos populares, em honra da Virgem Maria e do Menino Jesus, alguns dos quais remontam aos primeiros povoadores do arquipélago.

Também Paulo Costa, da Casa da Madeira em Lisboa e a viver na capital há 18 anos, prepara tudo para voltar àquele arquipélago e juntou-se, este sábado, à tradição.

“É muito importante para nós, comunidade madeirense, este momento, e estar fora da Madeira e participar é algo diferente mas excelente porque o Natal é alegria e a música está presente, as pessoas vêm para rua, comem e cantam, é um grande convívio.

Lá há melhor altura para conviver senão o Natal?”, questiona o madeirense.

Paulo Costa realçou ainda que “viver esta tradição numa comunidade maior e mais dispersa é sempre bom e traz os valores das missas do Parto”.

As «Missas do Parto» invocam, nos nove dias que antecedem o Natal, “o bom parto da Virgem Maria, que há-de dar à luz o Menino Jesus”.

O facto de serem celebradas tão cedo, ainda antes do nascer do sol, “ficava a dever-se a uma preocupação prática de não interferir com o trabalho nos campos, que começava cedo, e ao simbolismo da preparação da celebração de Jesus que nasce para ser a Luz do mundo”.

No final da missa, ocorreu “tradicionalmente um momento de convívio com beberes e comeres quentes típicos da Madeira”.

PR/SN

 

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Agência ECCLESIA

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