ONU: Vaticano diz que é preciso «fazer mais» pelas crianças vítimas da guerra

Proteger os mais novos é também salvaguardar um futuro de paz, aponta a Santa Sé

Cidade do Vaticano, 11 jul 2018 (Ecclesia) – O observador permanente da Santa Sé junto da sede da Organização das Nações Unidas (ONU) apontou em Nova Iorque para a urgência de cuidar das crianças vítimas de conflitos nas diversas partes do mundo.

De acordo com D. Bernardito Auza, as instâncias internacionais precisam de “fazer mais, para reabilitar as crianças que sobreviveram aos horrores das guerras” e também para proteger “os menores que vivem em lugares de conflitos armados”.

“É doloroso saber que as crianças são mutiladas ou mortas, usadas como escudos humanos e como bombas humanas”, referiu o arcebispo filipino num discurso na sede da ONU, publicado pelo serviço informativo do Vaticano.

Ocasião em que também recordou todas as crianças que hoje são “recrutadas como soldados” ou “sexualmente exploradas”.

No âmbito destas problemáticas, já existe uma agenda aprovada pelos Estados que integram as Nações Unidas, com o nome ‘Children and Armed Conflict”.

Esta ferramenta tem como objetivo “fornecer os instrumentos para prevenir todas as violações e os abusos contra as crianças” e para garantir que os “responsáveis” sejam trazidos à justiça.

D. Bernardito Auza realçou que “não se pode economizar esforços para cumprir” esta agenda, que é também um assunto “fundamental” para a Igreja Católica.

Aquele responsável alertou ainda que “renunciar” a esta responsabilidade, de proteger e salvaguardar os mais novos, representa também “abandonar as comunidades e países” que estão a ser dilacerados pelas guerras, e perder de vista o “futuro”.

“Não podemos perder esta geração de crianças que vivem no perigo”, disse o observador permanente da Santa Sé, que defendeu como prioridade a reintegração das crianças vítimas da guerra na sociedade, nomeadamente através do acompanhamento especializado e da educação.

“Uma educação sólida é o melhor modo de garantir que as vítimas dos conflitos atuais previnam os conflitos do futuro”, completou D. Bernardito Auza.

JCP

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Agência ECCLESIA

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