Viseu: Diocese vai apresentar documento resultante da Exortação papal sobre a família

Texto chega ao público a 1 de julho, prevendo criação de casais «mediadores»

Viseu, 15 mai 2018 (Ecclesia) – O bispo de Viseu anunciou que a diocese vai apresentar a 1 de julho um documento com orientações pastorais que resultam da Exortação Apostólica do Papa Francisco ‘Amoris Laetitia’, dedicada à família.

D. Ilídio Leandro adianta que na mesma data, Dia da Diocese, está marcado um encontro com alguns casais de toda a diocese, “chamados a ser mediadores”, junto das “pessoas que estão na situação que o documento prevê”.

“O capítulo 8 (da Exortação Apostólica Amoris Laetitia) abriu às situações irregulares a possibilidade dessas pessoas poderem reencontrar-se na Igreja mesmo em comunhão sacramental, no abeirar-se da reconciliação e na Eucaristia”, contextualizou.

Segundo o prelado, estes medidados vão ser dois ou três casais por cada um dos antigos arciprestados, acompanhados por um padre.

O objetivo é que “todas as pessoas que, porventura, passaram por situações de divórcio, situação irregular, possam reencontrar-se e fazer caminho”.

D. Ilídio Leandro explicou que o novo documento acompanha a reflexão dos bispos das dioceses do centro de Portugal, durante um ano e meio, sobre a exortação apostólica do Papa Francisco, tendo em consideração “reflexões pastorais de outras conferências episcopais”.

Estes bispos apresentaram o seu  trabalho à Conferência Episcopal Portuguesa que “o acolheu como proposta de instrumento de trabalho” para cada diocese, “na ação pastoral junto das famílias”.

D. Ilídio Leandro pediu que não se tenha uma atitude legalista, “condenando o Papa” pelas suas propostas.

Em Portugal, várias dioceses que publicaram documentos sobre a aplicação das propostas para a pastoral familiar, após as duas assembleias do Sínodo dos Bispos (2014 e 2015) sobre o tema, nomeadamente no que respeita ao capítulo VIII da ‘Amoris Laetitia’.

O Papa Francisco propõe na sua exortação apostólica sobre a família, publicada em 2016, um caminho de “discernimento” para os católicos divorciados que voltaram a casar civilmente, sublinhando que não existe uma solução única para estas situações.

No encontro com os jornalistas, no âmbito do Dia Mundial das Comunicações Sociais 2018 da Igreja Católica, o bispo de Viseu falou também sobre o debate em torno da legalização da Eutanásia e de 12 anos de serviço à diocese, após a nomeação do novo prelado.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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