85 anos/Renascença: D. Manuel Clemente sublinha «serviço à sociedade»

Cardeal-patriarca recorda experiência de 12 anos, que permitiu contacto com público alargado

Foto: RR/Miguel Rato

Lisboa, 10 abr 2022 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa associou-se à celebração do 85.º aniversário da Rádio Renascença, que se celebra hoje, elogiando o “serviço à sociedade” da emissora católica portuguesa.

“São 85 anos de uma rádio que não se chama Renascença por acaso. Naquela altura, em Portugal, havia muita vontade de renascer, até havia revistas com esse título, portanto, havia um sentimento de relançamento do país em que a Igreja quis participar, com esta feliz iniciativa do Monsenhor Lopes da Cruz”, disse, em entrevista conjunta à Ecclesia e Renascença, emitida e publicada este domingo.

As emissões diárias regulares da Renascença iniciaram-se a 1 de janeiro de 1937; a oficialização da estação, enquanto organismo da Acção Católica, aconteceria a 10 de abril de 1938.

D. Manuel Clemente recorda a sua experiência de 12 anos, “todos os domingos”, entre 2001 e 2012, aos microfones da emissora católica.

Tínhamos, além da referência ao Evangelho de cada domingo – o programa chamava-se ‘O Dia do Senhor’ – alguma atualidade eclesial e, numa terceira parte, eu respondia a questões que as pessoas iam pondo”.

“Era muito interessante esse contacto que o programa permitia com muita gente”, refere, sublinhando que acompanha “com atenção” a vida da rádio.

“A maneira de comunicar, de estar presente na vida das pessoas, com todo o progresso tecnológico que se verifica, é outra”, acrescenta.

Questionado sobre o papel da comunicação social, num cenário de guerra, o patriarca de Lisboa sublinha a necessidade de “uma cautela redobrada”.

“Sabemos que realidades tão negativas como as guerras e os conflitos também têm uma vertente de propaganda fortíssima”, adverte.

No âmbito do seu aniversário, assinalado com um ano de comemoração, o site da Renascença disponibiliza vários conteúdos sobre a constante renovação da rádio, a sua atualidade e o seu futuro.

Ângela Roque (Renascença) e Octávio Carmo (Ecclesia)

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