1.º maio: Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos aponta a necessidade de «trabalho decente» e integração de jovens na luta pelos «direitos sociais e laborais»

«Lembrar, refletir, continuar a luta» é o tema da mensagem para o Dia do Trabalhador de 2023

Lisboa, 01 mai 2023 (Ecclesia) – O Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos (MMTC) apontou na sua mensagem para o Dia do Trabalhador 2023 a “necessidade de trabalho decente” para todos e o “desafio integrar mais jovens na luta pelos direitos sociais e laborais”.

“Um trabalho que não cuida, que destrói a criação, que põe em perigo a sobrevivência das gerações futuras, não é respeitoso com a dignidade dos trabalhadores, não pode ser considerado decente”, escrevem, numa mensagem enviada à Agência ECCLESIA.

A nota intitulada “Lembrar, refletir, continuar a luta” para este dia do Trabalhador, 1 de maio de 2023, recorda o 1.º de maio de 1886, “grande dia de mobilização em todas as fábricas de Chicago (Estados Unidos) para exigir a jornada de 8 horas de trabalho”, uma luta pelas “condições de trabalho e de vida dos trabalhadores em todo o mundo e que continua até hoje”.

“É um desafio integrar mais jovens na luta pelos direitos sociais e laborais, promover e exigir uma ordem económica orientada para o desenvolvimento integral, que nos conduza à eliminação da pobreza”, refere.

O MMTC refere que atualmente “encontram muitos trabalhadores e as suas famílias que experimentam condições de vida e de trabalho muito difíceis devido à precariedade do trabalho e aos baixos salários”, lembrando quem “nem sequer tem o mínimo necessário para sobreviver”.

A mensagem descreve ainda que a “política económica unida à situação pós pandemia” traz desigualdades, como para a “América Latina e as Caraíbas, onde as perspetivas económicas são complicadas devido a condições internacionais externas, que estão normalizando a macroeconomia, e uma inflação elevada e persistente”.

“Atualmente, as consequências da pandemia da Covid-19 persistem, e a guerra entre a Rússia e a Ucrânia agravam ainda mais as condições de vida dos mais pobres: escassez de bens de primeira necessidade e aumento dos preços. Cada vez mais, caravanas de migrantes em busca de uma vida melhor, estão a dirigir-se para a outros países que os rejeitam”, aponta o texto.

“A globalização do chamado mercado “livre”” é indicado na mensagem que pode levar à “destruição do planeta com a exploração dos recursos naturais”, principalmente por empresas mineiras, “como acontece na República Dominicana, Guatemala, Chile, Brasil, entre outros”. 

O MMTC chama a atenção para que “o sacrifício dos operários de 1886, nos toque, nos chame a organizar-nos e a lutar”.

“Juntos, devemos marchar e mobilizar-nos por todo o mundo em prol de uma Segurança Social digna, para que todos tenham um rendimento básico garantido, suficiente para cobrir as necessidades das suas famílias. Os sindicatos devem trabalhar em conjunto, em solidariedade, como uma só família, como um só corpo”, pode ler-se.

Para este dia 1 de maio ficam desejos de “segurança no emprego, rendimento suficiente para a família, melhoria dos serviços de saúde e Segurança Social”, como “objetivos imediatos, pois são questões de vida”.

SN

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Agência ECCLESIA

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