D. António Marto defendeu que a vacinação contra a Covid-19 seja um «bem universal»
Fátima, 13 mai 2021 (Ecclesia) – O Santuário de Fátima acolheu hoje uma etapa da “maratona” de oração promovida pelo Papa, durante o mês de maio, com a recitação do terço pelo fim da pandemia.
A celebração decorreu na Capelinha das Aparições, sob a presidência de D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima, e transmissão mundial pelos canais oficiais do Vaticano.
“Com esta oração do Rosário, unimo-nos a toda a Igreja Católica no mundo, segundo as intenções do Santo Padre, para invocar de Nossa Senhora o fim desta pandemia que fere toda a humanidade”, indicou o cardeal português.
Em declarações à Agência ECCLESIA, D. António Marto disse que “a oração é um fator de coesão”, que une todos, acrescentando que “quem reza com o coração e com a alma, cria fraternidade e solidariedade”.
Para o bispo de Leiria-Fátima, é necessário “reconstruir as vidas, do ponto de vista material, económico, fisico e também do ponto de vista espiritual e moral”.
O cardeal D. António Marto defendeu que a “imunização extensiva”, que “chegue a todos se não deixe ninguém para trás seja dentro do país seja ao nível dos povos” deve ser “um bem universal, para o qual devem convergir todos os esforços”.
Durante a celebração o bispo de Leiria-Fátima disse que “ao Santuário de Fátima foi pedido que fizesse esta oração no dia 13 de maio, para nós tão significativo, este ano particularmente significativo porque comemoramos dois aniversários”, evocando os 75 anos da coroação da imagem de Nossa Senhora, venerada na Capelinha das Aparições, e os 40 anos do atentado contra São João Paulo II, a que sobreviveu, na Praça de São Pedro.
D. António Marto apelou à “transformação dos corações e da vida pessoal, familiar, social e dos povos”, para se chegar à paz.
A intervenção evocou as Aparições de 1917, sublinhando que a Virgem Maria mostrou “um coração de Mãe que sente a dor dos seus filhos”.
“Por isso, é Rainha como Mãe da consolação e da esperança”, declarou.
Hoje, confiamos-lhe a humanidade ferida por esta pandemia, invocamos a sua proteção para a libertação desta doença. E fazemo-lo em união com o Santo Padre e a Igreja do mundo inteiro”.
Centenas de pessoas, de velas acesas, rezaram por uma “aurora de nova luz”, face à crise provocada pela Covid-19.
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O reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas, fez a saudação inicial, apelando à oração de todos os que se associaram a este momento especial.
“Em comunhão com o Santo Padre, o Papa Francisco, a exemplo das primeiras comunidades cristãs, neste momento de grande provação, elevemos ao Senhor, por intercessão da Virgem Maria, a incessante súplica pelo fim da pandemia”, disse.
A celebração no santuário português teve, como intenção particular, a oração por “todos os presos, suas famílias e todos os voluntários das prisões”.
“Eles foram atingidos pela pandemia e precisam de reerguer-se das suas fraquezas e regenerar espiritualmente as suas vidas. São nossos irmãos, aos quais nos devemos sentir unidos e com os quais nos devemos sentir solidários”, disse D. António Marto em declarações à Agência ECCLESIA.
Falando aos jornalistas, esta quarta-feira, o padre Carlos Cabecinhas sublinhou que a iniciativa de oração, que passa por vários santuários mundiais, acontece hoje, “simbolicamente”, na Cova da Iria.
“O Papa Francisco desafiou a Igreja a unir-se numa maratona de oração, numa cadeia de oração, durante este mês de maio pelo fim da pandemia. O fundamental desta iniciativa é que cada cristão reze o terço, em cada dia deste mês, por essa intenção”, explicou o reitor do Santuário, no lançamento da peregrinação internacional aniversária do 13 de maio.
Antes da peregrinação, o reitor do Santuário de Fátima convidou todos os que não se puderam deslocar à Cova da Iria a acender uma vela e unir-se em oração pelo fim da pandemia e pela paz no Mundo.
A peregrinação de maio voltou, este ano, a ser celebrada com peregrinos no Recinto de Oração, mas de forma ainda restrita a 7500 pessoas.
Ao longo de maio, a convite do Papa Francisco, 30 santuários marianos unem-se em oração pelo fim da pandemia da Covid-19, iniciativa que vai ser encerrada a 31 de maio, no Vaticano, pedindo ainda o regresso da “vida social e profissional”.
CB/OC/PR
(Notícia atualizada às 19h30)
Sob a vossa proteção, procuramos refúgio, Santa Mãe de Deus.
Nesta situação dramática, cheia de sofrimentos e de angústias que envolvem o mundo inteiro, recorremos a Vós, Mãe de Deus e nossa Mãe, e procuramos refúgio sob a vossa proteção. Ó Virgem Maria, volvei a nós esses vossos olhos misericordiosos, nesta pandemia de coronavírus, e dai conforto a todos os que estão perdidos e choram os seus entes queridos falecidos, muitas vezes sepultados num modo que fere a alma. Amparai todos os que estão angustiados devido às pessoas doentes, de quem não podem estar próximos, para evitar o contágio. Infundi confiança em quem vive a ansiedade devido ao futuro incerto e às consequências que a pandemia teve na economia e no trabalho. Mãe de Deus e nossa Mãe, implorai por nós a Deus, Pai de misericórdia, para que esta dura provação termine e volte um horizonte de esperança e de paz. Como em Caná, intervinde junto do vosso Filho Jesus, pedindo que dê conforto às famílias dos doentes e das vítimas e que abra o seu coração à confiança. Protegei os médicos, os enfermeiros, os profissionais de saúde, os voluntários que, neste período de emergência, estão na primeira linha e arriscam a vida para salvar outras vidas. Acompanhai as suas canseiras e dai-lhes força, bondade e saúde. Permanecei junto daqueles que, noite e dia, assistem os doentes, dos sacerdotes e das pessoas consagradas que, com solicitude pastoral e compromisso evangélico, procuram ajudar e apoiar a todos. Virgem Santa, iluminai as mentes dos homens e das mulheres da ciência, para que encontrem soluções justas para vencer a doença. (Oração pelo fim da pandemia, lida pelo cardeal D. António Marto em Fátima) |