«Zoom in»: Património religioso a visitar em Portalegre-Castelo Branco (c/vídeo)

Santuário de Nossa Senhora de Mércoles

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A Ermida de Nossa Senhora de Mércoles é um pequeno santuário que dista cerca de três quilómetros da cidade de Castelo Branco. Em ambiente rural, num local onde abundam oliveiras e azinheiras, foi construído o pequeno templo, que ao longo dos tempos sofreu algumas alterações.

Traz-nos a tradição que terá sido construído sobre um templo pagão possivelmente dedicado a Mercúrio. Em toda a zona circundante têm sido encontrados vestígios arqueológicos da época romana.

Atribui-se aos cavaleiros da Ordem do Templo a sua fundação no século XII. O local teria sido preferido, pela descoberta de uma imagem de Santa Maria que aparecera numa azinheira.

Os elementos góticos da ermida fazem parte de uma campanha de obras de finais do século XIV e que terá substituído a primitiva construção românica. É da época medieval que resultará a construção da capela-mor, com elementos tardo-góticos; o portal principal em ogiva que revela capitéis decorados com motivos vegetalistas, e também as portas laterais e o arco triunfal mostram perfis em flecha que remetem para este período de reconstrução da igreja.

O programa decorativo da ermida, sobretudo as pinturas murais, são quinhentistas,  nos inícios do século seguinte, a igreja é enriquecida com revestimento azulejar e três retábulos em talha dourada.

No lado esquerdo da capela a enquadrar o adro, existe um edifício que corresponderia às antigas casas dos romeiros.

 

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Arronches

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A Igreja Matriz de Arronches, dedicada a Nossa Senhora da Assunção, situa-se no centro da Vila de Arronches, no local de maior nobreza.

Este belo templo  foi construído sobre uma igreja do século XIII pertencente ao Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, tendo  lançado a sua primeira pedra a vontade de D. Teotónio, prior do Mosteiro.

A construção da atual igreja, iniciada no período do gótico final e ao gosto manuelino, situa-se entre os finais do século XV e os inícios do XVI. As alterações, sofridas posteriormente revelam-se unicamente na sua decoração interior.

A fachada, num plano mais elevado, impõe-se pela grandeza e beleza da sua arquitetura, a que se acede por uma escadaria.

A entrada evidencia o portal renascentista, talhado em mármore pelo escultor Nicolau Chanterene. Este desenvolve-se em arco pleno com duas pilastras que suportam um entablamento reto, encimado por um frontão triangular e coroado com um pináculo. O mesmo apresenta dois medalhões, de grande beleza, contendo bustos esculpidos de uma mulher e um homem. O arco é ainda, decorado por oito caras de anjos aladas.

As fachadas laterais ostentam dois portais manuelinos, um deles também com decoração.

O interior da igreja desenvolve-se em três naves, constituindo um belo e significativo exemplar das igrejas-salão portuguesas. A amplitude do espaço é transmitida pela cobertura de abóbadas ogivais nervurada e sustentadas por colunas com o fuste em mármore róseo. As abóbadas são decoradas com variados motivos manuelinos – armas reais, Cruz de Cristo, esferas armilares, cordas, nós de marinheiro…

Na capela-mor, impõe-se um retábulo do século XVIII, executado em mármores de Estremoz e uma imagem barroca da padroeira, Nossa Senhora da Assunção.

Evidenciam-se também azulejos dos séculos XVI e XVII e um lavabo do século XVIII, com dois golfinhos e um nicho quinhentista com um anjo.

 

Igreja Matriz de São Vicente de Abrantes

A igreja matriz de São Vicente destaca-se pela sua implantação numa plataforma elevada na zona norte da cidade de Abrantes.

A primitiva igreja foi fundada em 1149, após D. Afonso Henriques ter tomado o castelo da Vila, tendo sido dedicada ao mártir São Vicente. Em 1179, o exército mouro arrasou a vila e a igreja seria reconstruída posteriormente.

No século XVI, D. Sebastião ordenou a sua reedificação. A obra da nova igreja teve início em 1569, estando a mesma a cargo dos oficiais dos estaleiros do Convento de Cristo de Tomar, que também edificaram as capelas laterais.

A igreja é de planta retangular, de três naves com capelas laterais e capela-mor na cabeceira.

A fachada tem um portal maneirista em arco pleno, com uma formulação de gosto classicista. Encimando o portal, tem ao centro um óculo que foi reduzido e permite a entrada de luz natural.

Evidenciam-se os painéis de azulejo seiscentistas azuis e amarelos, que revestem o interior com temáticas referidas ao seu padroeiro, São Vicente.

Na capela-mor, ao centro, lugar de convergência de todo o espaço, podemos ver um retábulo de talha com tribuna.

A igreja de São Vicente de Abrantes guarda também um conjunto significativo de património móvel artístico, deslocado dos vários conventos que houvera na Vila e que foram extintos.

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Agência ECCLESIA

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