XV Dia Mundial do Doente – a mensagem do Papa

Todos os anos, a 11 de Fevereiro, a Igreja celebra no mundo o Dia Mundial do Doente. Privilegia um Santuário Mariano e é daí que interpela a humanidade para um serviço de maior atenção à pessoa doente que, além de cuidados terapêuticos, deve receber também os cuidados humanos que rompem a solidão e oferecem ao enfermo a força anímica ao viver uma situação de grande dificuldade. Este ano, o Dia Mundial do Doente é celebrado intencionalmente em Seul, na Coreis, onde o Cardeal Lozano Barragan, como representante do Papa, acompanha a jornada teológica, a jornada pastoral e a jornada litúrgica, nos dias 9,10 e 11 de Fevereiro. O Santo Padre o Papa Bento XVI enviou uma mensagem à Igreja e ao mundo, a propósito deste Dia Mundial do Doente, centrado na “solicitude pastoral e espiritual a ter com os doentes afectados por patologias incuráveis”. Depois de uma breve introdução em que afirma o olhar da Igreja para aqueles que sofrem e a atenção da Igreja para os doentes incuráveis, muitos dos quais a morrer com enfermidades terminais, o Santo Padre estrutura a mensagem em cinco pontos. 1. Analisa a situação vivida por quem está doente. A doença é uma situação de crise, a ciência oferece no seu progresso algumas respostas, mas a vida humana continua com muitos limites e, por isso, não pode encontrar-se uma cura para todas as enfermidades. Há por isso muitos doentes incuráveis e terminais, com situações agravadas pelas condições de vida insalubres de pessoas que não têm acesso aos recursos médicos necessários. Seres humanos considerados “incuráveis” têm aumentado enormemente. 2. Pergunta que acção se espera da Igreja? A forma sugerida por Bento XVI e esperada pelas populações, é a de suscitar políticas sociais justas que possam contribuir para eliminar muitas causas de numerosas enfermidades. Também é preciso promover políticas que criem condições em que os seres humanos possam viver de maneira digna as doenças incuráveis e a morte. É necessário criar centros de cuidados paliativos que ofereçam cuidados integrais, com a assistência humana e o acompanhamento espiritual que estes doentes precisam. 3. O Papa deseja encorajar todos os profissionais de saúde e os voluntários que trabalham neste campo tão difícil da saúde. Sugere seguir o exemplo do Bom Samaritano, revelador de uma forma de solicitude pelos enfermos. Os profissionais de saúde, médicos, enfermeiros e outros, os agentes pastorais das comunidades cristãs e os voluntários de saúde recebem apoio de toda a Igreja para continuar o árrduo trabalho de acompanhar os doentes incuráveis, que estão nos hospitais, nas unidades de cuidados paliativos, ou até nas ruas das cidades. Uma palavra especial é dirigida pelo Papa à famílias que têm doentes assim. 4. Bento XVI dirige-se também aos enfermos. Contemplando os sofrimentos de Cristo, podem redescobrir, na união com Ele, uma confiança maior, certos de que a comunhão com Cristo pode torná-los úteis para as necessidades da Igreja e do mundo. A oração, envolvida pelo sofrimento que lhe dá força, é mais eficaz e provoca o Senhor para que olhe com mais bondade ainda para o mistério e os limites do homem. Em Cristo Jesus, podem os doentes encontrar o encorajamento e a fortaleza espiritual necessários para alimentar a fé e aproximar mais do Pai da Vida. 5. E conclui dizendo que as comunidades cristãs, apoiadas em Maria, “Salus Infirmorum”, devem dar testemunho de uma superior solicitude, no serviço aos doentes incuráveis e terminais, quer pelo trabalho de apoio humano e profissional, quer pela oração constante. Que todos os cristãos sejam bons samaritanos. Padre Vítor Feytor Pinto, coordenador nacional da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde

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