1. Queremos manifestar o nosso regozijo e congratular-nos com o trabalho e a dedicação da Obra Católica Portuguesa das Migrações (OCPM), por ocasião da celebração dos 50 anos da sua fundação. Muitos milhares de concidadãos nossos, por vezes em situações de extremo desamparo e exclusão, encontraram portas e corações abertos nas missões da Igreja católica, favorecendo a inclusão na sociedade e no mundo do emprego. Múltiplas comunidades de portugueses no estrangeiro encontraram espaços e pastores que as ajudaram a viver, a celebrar e a crescer na fé, assim como a imigrantes acolhidos no nosso País.
A distinção que foi concedida recentemente à OCPM pelo Governo da Nação mostra o reconhecimento da sociedade portuguesa perante uma história, larga e múltipla, de bem-fazer, discreto, perseverante e eficaz em relação aos nossos irmãos que vivem no estrangeiro, longe da sua terra, raízes e laços familiares. Queremos também reconhecer nesta distinção o propósito de uma colaboração estreita entre as entidades do Governo ligadas com a emigração e a OCPM, nestes tempos em que vemos partir de Portugal uma nova vaga de emigrantes, em busca de melhores condições de vida.
Felicitamos e agradecemos todos os que têm dado vida a este importante serviço da Igreja, sacerdotes, religiosos e leigos, quer em Portugal, quer em múltiplos países dos cinco continentes.
2. Tendo sido atribuído à Cáritas, pela Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias da Assembleia da República, o Prémio dos Direitos Humanos 2012, desejamos expressar a nossa alegria pelo reconhecimento da ação social e caritativa da Igreja.
Particularmente na presente fase da vida nacional, a pobreza tem‑se alastrado para franjas da sociedade que desconheciam esta realidade, por vezes dramática. A Cáritas Portuguesa e as Cáritas Diocesanas têm multiplicado iniciativas para socorrer o maior número de pessoas, servindo nelas o próprio Cristo.
Agradecemos a todos os que, aos vários níveis, têm praticado as obras de misericórdia, por meio desta instituição da Igreja, oferecendo pão e esperança a incontáveis irmãos nossos.
Fátima, 11 de dezembro de 2012
Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa