Votar é «obrigação grave para os católicos», diz Bispo de Angra

D. António de Sousa Braga afirma que «eleições são exercício de uma cidadania activa responsável» D. António de Sousa Braga, Bispo de Angra apela a todos os cristãos a votarem nas eleições regionais marcadas para este dia 19 de Outubro. Lembra o Bispo de Angra que vota é um direito e um dever de todo o cidadão, mas é “uma obrigação grave para todo o católico”, pois “«praticante» é o católico, não só por ir à missa, mas também porque se compromete na vida da sociedade”. As eleições são um “um momento privilegiado do exercício de uma cidadania activa responsável”. Por isso, “em coerência com a fé que professamos, nós cristãos não podemos deixar de votar no dia das eleições” A abstenção é “demasiado” elevada nos Açores, o que “não abona em favor do sentido de cidadania, que todo o cristão deve cultivar e viver”. D. António indica que “para a fé cristã é de toda a coerência votar, em consciência, formada à luz da Doutrina Social da Igreja”. O Bispo de Angra aponta não ser fácil encontrar um partido que “responda satisfatoriamente a todas e a cada uma das exigências éticas”, pois também não é função dos partidos “defenderem e promoverem a Doutrina Social da Igreja”. “A «laicidade» do Estado, «valor adquirido e reconhecido pela Igreja», implica «autonomia da esfera civil e política em relação à esfera religiosa e eclesiástica, mas não em relação à esfera moral»”, recorda o Bispo. Cabe portanto ao cidadão “informar-se e avaliar as propostas políticas em debate. E escolher”. O Bispo indica que não “há um partido ideal. Por vezes, temos mesmo de escolher o «mal menor»”. Mas “o «mal maior» será sempre ficar em casa e não ir votar”, demonstrando “falta de cidadania e de empenho democrático, por comodismo e indiferença, que desqualificam a coerência de fé do cidadão cristão”. Termina D. António de Sousa Braga reconhecendo que apesar das inevitáveis limitações humanas, “a Política é uma «actividade nobre» de serviço ao «bem comum», que é por definição o bem de todos. Na nossa existência terrena, nunca será o «bem absoluto». Mas terá que ser «o máximo bem possível»”.

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