Voluntariado/Solidariedade: Caridade que se traduz no serviço ao próximo

No refeitório social da Caritas diocesana do Algarve, dezenas de pessoas ajudam sem pedir nada em troca

Faro, 07 abr 2011 (Ecclesia) – Dezenas de voluntários ajudam a transformar o refeitório social da Caritas diocesana do Algarve num exemplo serviço solidário, caracterizado pela generosidade no serviço ao próximo.

“Hoje temos uma listagem de dificuldades que de dia para dia aumentam e é precisamente neste sentido que a palavra ‘Caritas’ tem grande aplicabilidade, porque é amor e nós teremos que estar nessa linha” realça Carlos Oliveira, em declarações à ECCLESIA.

Para o presidente da Caritas Diocesana do Algarve, que trabalha nesta organização há cerca de 14 anos, “ser solidário não basta”, é preciso dar o exemplo “ao jeito de Jesus, que amou até à morte”.

Uma morte não necessariamente física, mas que se traduz por gestos de “entrega e dedicação àqueles que vivem situações difíceis na vida”, sublinha.

Todas as terças e quartas-feiras à noite, o refeitório social da Caritas diocesana, em Faro, cumpre esta premissa, fornecendo refeições para os mais desfavorecidos.

“Temos os sem-abrigo, temos muitos desempregados, famílias em que ou está um dos cônjuges desempregado ou estão os dois, famílias também vitimas de alguma violência doméstica, jovens universitários e outros jovens que, na escola, passam por algumas dificuldades, acolhemos todos da mesma maneira, sem distinção” explica Carlos Oliveira.

[[v,d,1923,]] Este novo projeto, inaugurado em fevereiro deste ano, serve atualmente cerca de 40 famílias.

Os voluntários que lá trabalham cumprem a sua função não como uma espécie de esmola, mas sim um meio de enriquecimento individual e da sociedade.

Para Luís Henriques, esta caridade “é algo de muito diferente, porque traduz uma expressão de vivência social necessária para fazer contraste com a sociedade de consumo de hoje”.

Outro colaborador, Pedro Silva, acrescenta que “foi também a fé que o trouxe ali”, e a necessidade de “dar mais, não ficar de braços cruzados” perante quem precisa de ajuda.

Para José Dias, membro da Comissão Nacional Justiça e Paz, “a caridade ainda mantêm essa conotação de amor, entre a maioria dos cristãos”.

No entanto, aponta que, ao nível da cultura atual, “se calhar utiliza-se mais a palavra caridadezinha”.

A caridade como amor ao próximo foi tema de destaque esta terça-feira, no Programa Ecclesia, da RTP2.

PTE/JCP

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