Presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade lançou desafio na abertura das Jornadas Missionárias, em Fátima
Lisboa, 17 set 2011 (Ecclesia) – O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) defendeu esta sexta-feira, em Fátima, a introdução nas escolas de uma disciplina dedicada ao voluntariado, para fomentar uma cultura de “serviço ao próximo”.
De acordo com o portal Fátima Missionária, o padre Lino Maia lançou este desafio durante a abertura das Jornadas Missionárias, iniciativa organizada pelas Obras Missionárias Pontifícias e que decorrer até domingo, na Igreja da Santíssima Trindade.
Indo ao encontro do tema do evento, “Voluntariado e Missão”, o sacerdote sublinhou que, atualmente, “73,6 por cento do apoio a crianças, jovens, idosos, deficientes, na área da saúde, educação e ação social é feito por instituições de voluntariado”.
Dessa percentagem, cerca de 40 por cento pertencem à Igreja Católica mas “há mais, criadas em paróquias, movidas pelo espírito cristão”.
Segundo o presidente da CNIS, no meio destes esforços, há uma grande carência de voluntários, “especialmente nas instituições com idosos”, desafiando os mais novos a “ajudá-los a viver”.
Por outro lado, lembrou o padre Lino Maia, “a pobreza está a aumentar” devido ao tempo de crise que Portugal atravessa e o voluntariado pode dar “um contributo muito forte” para a diminuição do problema.
Reconhecendo a importância dos responsáveis políticos no desenvolvimento de respostas sociais, o sacerdote salientou no entanto que “não se pode estar à espera que o Estado faça tudo”.
Diminuir o fosso entre aqueles que têm muito e os que não têm quase nada deve ser uma prioridade, algo que passa muito por uma maior “consciencialização” social.
“Não é consumindo tanto que nós respeitamos as pessoas”, exemplificou o também diretor do Secretariado Diocesano da Pastoral Social e Caritativa do Porto.
JCP