Voluntariado: «Ser voluntário não é ser “fazedor” de coisas sem qualquer tipo de exigência»

Celebra-se este sábado o Dia Internacional dos Voluntários

Lisboa, 05 Dez 2020 (Ecclesia) – Na mensagem para o Dia Internacional dos Voluntários, que se celebra este sábado, a CPV realça que “ser voluntário não é ser «fazedor» de coisas sem qualquer tipo de exigência”.

A nota da Confederação Portuguesa do Voluntariado, assinada por Eugénio Fonseca, refere que as ações voluntárias “realizadas espontaneamente não são más em si mesmas, no entanto não podem ficar-se apenas como reações emotivas estimuladas, apenas, por fatores externos e mais intensas quando as mesmas causas forem bastante mediáticas”, lê-se.

“Voluntário para um futuro mais inclusivo” é o tema proposto, este ano, pela ONU para a celebração do Dia Internacional dos Voluntários, uma “feliz escolha”, pois a missão “primordial das/os voluntárias/os é facilitar o acesso às oportunidades disponibilizadas pela sociedade, para que toda a gente possa beneficiar delas, não só nas áreas sociais e sanitárias, mas em todas as que contribuem para que ninguém se sinta «fora de casa»”, realça a mensagem enviada à Agência ECCLESIA.

“Não podem ser apenas mediadores” entre as pessoas e as oportunidades, mas “criadores dessas mesmas oportunidades” e isto implica “uma inclusão maior dos que praticam voluntariado nas realidades de cada tempo e lugar”, sublinha.

Ser voluntário obriga a “uma disponibilidade persistente” e com uma “predominância na necessidade dos outros e não só na minha pré-disposição de momento e de índole genuinamente reativa”.

“Voluntariado e voluntarismo são dois modos de proceder bem diferentes”, acentua a nota.

O voluntário “é inclusivo e faz que os outros também o sejam”; está incluído e promove a inclusão, mas para isso, “é indispensável que conheça, em profundidade, o mundo que o rodeia”.

Um dos desafios para o voluntário é que, quem se assume como tal, “tem de se assumir” como um “descobridor” de talentos, tenham esses talentos o interesse imediato, ou não, para o que se pretende alcançar”.

“O Estado nunca esqueça que lhe compete criar condições para a promoção do voluntariado e jamais a de tutelá-lo”, pede.

LFS

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Agência ECCLESIA

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