II Congresso Português de Voluntariado decorreu em Lisboa com clarificação das atividades e do seu dinamismo na agenda
Lisboa, 27 out 2017 (Ecclesia) – Os voluntários em Portugal pedem uma revisão na lei para “maior proteção” e enquadramento das suas ações.
“Melhorar a definição, torná-la mais abrangente e proteger o voluntário de excessos e interpretações defeituosas das suas funções é o objetivo”, frisa o comunicado final do II Congresso Português de Voluntariado a que a Agência ECCLESIA teve acesso.
A organização do encontro dá conta de um milhão de voluntários em Portugal e de um registo de atividade superior ao milhão e quatrocentos mil.
A anotação das ações de voluntariado bem como dos voluntários poderá contribuir para “uma estatística mais rigorosa e comparativa que visa melhorar a visão do setor”, indica o comunicado final.
O voluntário é a pessoa que, de forma gratuita, “realiza atividades ao serviço de outrem e do bem comum”, podendo essas ações “ser de direção, de assessoria, de formação, de execução ou quaisquer outras”, apresenta a Confederação Portuguesa do Voluntariado, uma entidade que visa representar os voluntários de Portugal e as respetivas organizações, quaisquer que sejam os seus domínios de atividade e contribuir para a defesa dos respetivos direitos e interesses.
Esta reunião de associações disponibiliza “instrumentos de proteção e clarificação do papel do voluntário”, como é o caso da carta do voluntário que apresenta direitos e deveres, bem como “de um selo de voluntariado que certifica atividades de voluntários no nosso país”.
O Congresso apontou como “linha de intervenção” o estudo “rigoroso” do setor, “apurando estratégias de motivação e sustentação do voluntariado”.
Numa altura em que os incêndios que aconteceram em Portugal fizeram espoletar ações solidárias, a reflexão gerou “maior pressão sobre o governo” e os voluntários querem “tornar mais clara e dinâmica a atividade do voluntariado em Portugal”.
O II Congresso teve como tema «‘Voluntariado: Um mundo desafiante!’» e contou com uma centena de participantes que escutaram experiencias de diversos académicos, incluindo Estados Unidos e Inglaterra, organismos europeus e nacionais de juventude, no Centro Ismaili, em Lisboa.
LS