Voluntariado: Responsáveis missionários querem capitalizar dinâmica dos leigos

Patrícia Fonseca, da Fundação Fé e Cooperação, diz que partir em missão é mais que «uma moda»

Fátima, Santarém, 19 set 2011 (Ecclesia) – Os responsáveis pelo esforço missionário da Igreja Católica em Portugal esperam que a dinâmica de “voluntariado missionário” que cativou “milhares de leigos” nos últimos 20 anos, seja aproveitada para “revitalizar a pastoral” no país.

Em declarações prestadas à ECCLESIA, este domingo, durante o encerramento das Jornadas Missionárias 2011, o diretor do Departamento de Animação Missionária do Patriarcado de Lisboa alertou para o perigo desta “pequena revolução silenciosa” esbarrar em “comunidades sem ouvidos nem olhos”.

“Se há 20 anos praticamente só partiam em missão os membros dos institutos religiosos, agora há famílias inteiras que saem e há sobretudo muitos jovens”, sublinha o padre Tony Neves, para quem o grande risco está no esquecimento dessas experiências após o regresso dos leigos”.

De acordo com Patrícia Fonseca, da plataforma do voluntariado missionário da Fundação Fé e Cooperação (FEC), a prioridade deve passar por uma maior sensibilização da sociedade, para que “o voluntariado não seja uma moda mas sim um modo de vida”.

Todos os anos, aquela organização não-governamental criada pela Conferência Episcopal Portuguesa prepara centenas de leigos para colaborarem em projetos solidários nos países lusófonos em vias de desenvolvimento.

“Para criar e educar consciências é preciso fazê-lo no banco das escolas, tanto nas universidades como mais cedo”, realça aquela responsável, propondo a introdução nos currículos de “disciplinas sobre voluntariado e cidadania”.

A educação cívica para a missão foi mesmo um dos principais assuntos em debate nas Jornadas Missionárias deste ano, subordinadas ao tema “Voluntariado e Missão”.

Um evento organizado pelas Obras Missionárias Pontifícias (OMP) que evidenciou ainda a grande importância do contributo voluntário para a ação social da Igreja Católica e de outras instituições, junto dos mais desfavorecidos.

As OMP partem agora para a preparação do Dia Mundial das Missões, marcado para 23 de outubro, com o lema “Todos, tudo e sempre em missão”.

Segundo o padre Durães Barbosa, que concluiu este mês o seu mandato à frente daquele organismo, “o guião de outubro já está a ser espalhado pelas paróquias, convidando todas as pessoas para fazerem dele um instrumento de trabalho e de oração”.

PTE/JCP

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Agência ECCLESIA

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