Voluntariado cresce em Portugal

A presidente do Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado Elza Chambel afirmou ontem, na Póvoa de Lanhoso, que a rede nacional de voluntariado tem sido alargada e qualificada. À margem de um Fórum sobre “As associações na Comunidade: concepção e gestão de projectos de desenvolvimento”, promovido pela Associação Portuguesa de Prevenção e Apoio à Saúde Mental, aquela responsável lembrou que já existem 40 bancos de voluntariado instalados em todo o país e estão previstos mais 20. Entretanto, referiu, tem havido uma aposta na qualificação das pessoas que aceitam fazer «este percurso de cidadania, que não tem idades e apenas exige um compromisso ». Elza Chambel afirmou que tem sido feito um apelo ao voluntariado em todas as suas vertentes e que tem sido valorizado o «voluntariado de competências», ou seja, pessoas que se encontram reformadas, mas disponíveis para continuarem a ser úteis à sociedade. A presidente do Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado falou ainda do «voluntariado empresarial», que está a dar os primeiros passos. Elza Chambel contou que já há instituições públicas e privadas a criar projectos de voluntariado que envolvem os seus funcionários. Em breve, anunciou, vai avançar um projecto, promovido pela delegação do Alentejo do Instituto de Emprego e Formação Profissional, voltado para o envelhecimento activo. Aliás, sublinhou, uma das prioridades do Conselho, indo ao encontro das metas do Plano Nacional de Acção para a Inclusão, é apostar no voluntariado de proximidade para combater o isolamento dos idosos. Elza Chambel indicou que os Contratos Locais de Desenvolvimento Social, publicados recentemente em Portaria, vão contribuir para a promoção do voluntariado de proximidade, uma vez que seguem bastante a filosofia prevista no antigo Plano de Luta contra a Pobreza. A presidente do Conselho Nacional sublinhou que «o voluntariado é uma ponte para a cidadania activa» e cada um pode dar o seu contributo, conforme a sua disponibilidade e competência. Por parte dos jovens tem havido uma grande apetência para o voluntariado, até porque estes têm a possibilidade de participarem em intercâmbios europeus nesta área, concluiu. A intervenção de Elza Chambel abriu um painel subordinado ao tema “Desenvolvimento regional e local: que futuro?”, que contou ainda com a participação de Miguel Mendes, do Centro Social Paroquial de Barrosas – Santa Eulália; Maria Teresa Aguiar, directora técnica do Instituto Monsenhor Airosa, de Braga; Maria Palhares Ferreira; representante da delegação de Braga da ANEIS e Isaque Dias, director técnico de três centros sociais da Póvoa de Lanhoso. A moderadora foi Paula Alexandra Oliveira Santos, da equipa técnica do CIP/Oportunidades.

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Agência ECCLESIA

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