Seminarista destacou também importância do «Convívio Fraterno», da «Missão País» na sua caminhada cristã
Faro, 05 nov 2023 (Ecclesia) – André Fonseca, 23 anos de idade, entrou este ano para o Seminário da Diocese do Algarve e afirma que se não fosse a Jornada Mundial da Juventude 2023 “iria acontecer, mas, se calhar, não tinha sido tão rápido”.
“Se não tivesse participado na JMJ, se calhar não tinha vindo este ano para o Seminário. Acho que iria acabar por acontecer, mas, se calhar, não tinha sido tão rápido”, disse o jovem seminarista algarvio, natural de Portimão, ao jornal diocesano ‘Folha do Domingo’.
André Fonseca recordou que foi na adoração ao Santíssimo Sacramento da JMJ Lisboa 2023, no dia 5 de agosto, no Parque Tejo, que sentiu “alguma coisa” que não compreendeu “bem naquela altura, mas que depois de voltar, durante uma semana, começou a construir-se”.
Quando regressou ao Algarve, depois da primeira edição internacional da Jornada Mundial da Juventude em Portugal, o jovem entrevistado dedicou os dias seguintes a “uma pesquisa intensiva”, em podcasts, sobre “vida no seminário”, “o que faz um padre”, e dicas sobre “como ouvir a voz de Deus”.
“Vim para o Seminário a pensar que o caminho será o sacerdócio. Não vim para aqui com o objetivo de entre várias vocações descobrir qual delas é, mas para descobrir se é realmente esta.”
Desde 29 de outubro, a Diocese do Algarve está a promover um Lausperene Diocesano, a adoração permanente ao Santíssimo Sacramento, para que surjam padres e religiosos, no âmbito Semana de Oração pelos Seminários 2023, até dia 11 de novembro.
Segundo André Fonseca, que participou em edições passadas, as interpelações diretas dos sacerdotes aos jovens também mexeram consigo: “Ficava ali alguma coisa; tenho um amigo a quem diziam sempre que iria para padre e eu ficava a pensar se não seria uma mensagem para mim”.
O novo seminarista da Diocese do Algarve explicou que foi na experiência de voluntariado na ‘Missão País’, no último ano letivo, de 2022/2023, realizada de 4 a 12 de fevereiro, no concelho de Alcoutim – que pela “primeira vez” pensou que entrar para o Seminário era “possibilidade séria”, e esteve dividido entre a Companhia de Jesus (Jesuítas) e o seminário diocesano.
Segundo André Fonseca, a participação num ‘Convívio Fraterno’ na sua diocese, o número 1385, em 2019, também foi importante para o “amadurecimento da fé”, porque quando recebeu o Sacramento da Confirmação (Crisma) “não percebia bem certas questões na Igreja, relacionadas mais com a atitude das pessoas que fazem parte dela do que propriamente com Deus”.
O jornal ‘Folha do Domingo’ informa ainda que André Fonseca cresceu numa família católica, pertencente ao Caminho Neocatecumenal, e na Paróquia da matriz de Portimão foi acólito, fez parte do coro, entrou para o agrupamento de escuteiros, como Pioneiro (14 aos 18 anos), e depois de uma pausa agora é candidato a dirigente do Corpo Nacional de Escutas, escutismo católico.
A Igreja Católica em Portugal vai celebrar a Semana de Oração pelos Seminários 2023, a partir deste domingo, de 5 a 12 de novembro, com o tema bíblico “Não tenhas medo. Serás pescador de homens”, do Evangelho de São Lucas (Lc 5,10b).
A Comissão Episcopal Vocações e Ministérios publicou no seu sítio online subsídios para esta Semana pelos Seminários, como catequeses e encontros de reflexão, vigília de oração, admonições e preces para as Eucaristias.
CB
