Só pode ser seminarista quem for verdadeiramente “excêntrico”
Braga, 07 Nov 2020 (Ecclesia) – O Bispo Auxiliar de Braga, D. Nuno Almeida, disse, esta sexta-feira, na vigília dos Seminários, que “mais do que instituição, o seminário é casa e causa que diz respeito a todos”.
Na vigília da Semana dos Seminários, realizada na Igreja de São Pedro e São Paulo (Seminário Conciliar), D. Nuno Almeida realçou que “a porta do seminário só pode ser aberta para quem quer aprender a dizer sim ao chamamento e sim ao envio de Jesus” portanto, “só pode ser seminarista quem for verdadeiramente “excêntrico” no sentido etimológico: situado fora do centro!”.
A Semana dos Seminários (01 a 08 de novembro) visa aumentar “o amor pelos seminários expresso em gestos de oração, de afeto e de generosidade”.
Como instituição, o Seminário foi criação do concílio de Trento (séc. XVI) para a formação de sacerdotes “capazes de protagonizar a missão eclesial comunitária”
Como casa, o seminário é chamado a “ser lar, família, onde se faz a experiência de filhos muito amados de Deus Pai” e “casa onde se cultiva, portanto, a fraternidade mística, verdadeiro antídoto para relacionamentos humanos frios ou indiferentes, mas também cura para relacionamentos de dependência e asfixiantes, que impedem o amadurecimento afetivo e humano”, sublinhou o Bispo Auxiliar de Braga.
O seminário é uma casa onde está bem presente o verbo educar e se aprende “a dar a vida toda, a viver a vida em cheio, sem meias-medidas”.
“Porque é que, entre tantas saídas profissionais, não haverá para mim uma saída fora da caixa, como a da vocação sacerdotal? E porque não ser padre?”, alertou D. Nuno Almeida.
“Queridos jovens, queridos seminaristas, cultivai a paixão pela missão. Tende a coragem de deixar a comodidade para ir ao encontro dos outros. Dizer missão juntamente convosco é dizer amanhã, compromisso, confiança, abertura, hospitalidade, compaixão, sonhos”, completou.
LFS