Vocações: Diferenças que geram comunhão

Seminaristas das dioceses de Bragança-Miranda, Guarda, Lamego e Viseu vivem experiência diferente numa casa comum

Braga, 07 nov 2015 (Ecclesia) – O Seminário Maior Interdiocesano de São José nasceu em 2013 para acolher seminaristas oriundos das dioceses de Bragança-Miranda, Guarda, Lamego e Viseu, numa experiência inédita.

O padre Paulo Figueiró, reitor deste seminário interdiocesano sediado em Braga e ele mesmo oriundo da Diocese da Guarda, explicou à ECCLESIA como o espaço gere a formação e a “convivência que gera comunhão”.

“As dioceses, Bragança-Miranda, Guarda, Lamego e Viseu tinham um seminário comum, com a sede em Viseu, depois pela falta de alunos e indicação da Santa Sé, os quatro bispos resolveram procurar uma solução para dar continuidade a este projeto de comunhão e Braga foi o destino”, explica o reitor.

Houve a abertura da arquidiocese para acolher e em setembro de 2013 foi reconstruído este seminário para receber os seminaristas, atualmente 14.

“Para os seminaristas é importante a comunhão com seminaristas de outras dioceses, alarga-se o horizonte e além disso vê-se a realidade de vida de padre, que não está confinada a uma diocese ou igreja particular mas que estabelece relação com outras dioceses”, assinala o responsável.

O padre Paulo Figueiró sente também que esta comunhão que se vive entre os 14 jovens seminaristas “se alarga à vida de presbítero” e espera que possa ajudar a formar a “própria maneira de ser padre, aberto à comunhão”.

Quanto à formação que os seminaristas recebem, está dividida em várias vertentes: humana, virada para a vida comunitária; a formação intelectual, na frequência do curso de Filosofia e Teologia; a formação espiritual e a formação pastoral.

“Há a formação complementar – formação espiritual, para vida de oração, liturgia das horas e a piedade popular, uma forma de religiosidade que vão encontrar na sua vida pastoral e há que saber dar resposta, acolher e, se calhar, encaminhar para uma vivência mais evangélica”, defende o reitor.

Outra vertente da formação é o voluntariado que os seminaristas desenvolvem junto dos doentes, ou no estabelecimento prisional ou junto dos sem-abrigo.

O padre Paulo Figueiró sustenta que “tudo acontece com naturalidade e há já uma história de convivência entre as dioceses” por isso faz com que “todos se sintam ao mesmo nível” e há uma “ajuda a esbater alguma tentação de isolamento”.

“O serviço que presto à Igreja é o que a Igreja me pede e obriga-me a esta abertura do coração a novas realidades e o que experimentamos aqui é já essa realidade: sair do nosso pequenino mundo e sentindo-se um verdadeiro padre católico, no verdadeiro significado do termo”, conclui.

A entrevista ao responsável é um dos destaques do próximo programa ECCLESIA na Antena 1, este domingo, a partir das 06h00.

PR/SN

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