Religioso Carmelita assinala que diversidade de carismas «mostra como Deus se preocupa»
Lisboa, 23 abr 2021 (Ecclesia) – Frei Renato da Cruz, da Ordem dos Carmelitas Descalços, afirmou que os consagrados com a sua vida e a sua missão são “um sinal do cuidado de Deus por cada pessoa, pela Igreja e pelo mundo”.
“A diversidade dos carismas mostra como Deus se preocupa de todos e de cada um e de cada necessidade. Cada carisma, cada consagrado, dá aos homens e às mulheres do nosso tempo algo único e irrepetível”, explicou o religioso sobre a importância desta vocação para a Igreja e para o mundo.
‘Sonhar os sonhos de Deus’ é o tema da Semana de Oração pelas Vocações 2021, que a Igreja Católica em Portugal está a celebrar até ao Domingo do Bom Pastor, este ano no dia 25 de abril.
Frei João Lourenço, da Ordem dos Frades Menores (Franciscanos), destaca que a vocação à vida religiosa ativa tem a “dimensão da pluralidade”, e testemunham “a pluralidade da vivência cristã”.
“Que designamos como pluralidade de carisma. Testemunhando essa pluralidade com a grande riqueza que a nossa fé cristã nos proporciona no seguimento de Jesus”, acrescentou o sacerdote Franciscano.
Segundo frei Renato da Cruz, a vocação à vida religiosa ativa “é viver o seguimento de Jesus” mas com um estilo próprio que “é o carisma que o Espírito Santo dá”.
“Esse carisma leva-nos a configurar todas as áreas da nossa vida de uma maneira especial e a servir a igreja e o mundo com uma missão muito específica”, refere o Carmelita Descalço há 10 anos.
Da Congregação da Aliança de Santa Maria, Verónica Sousa explica que a sua vocação é apresentar “a humanidade a Deus através da oração, da adoração eucarística”, e apresentar Deus à humanidade “através da evangelização em todos os momentos da minha vida”.
“A nossa vocação é importante porque somos chamadas a ser sinal na terra do que será o céu. Queremos mostrar aos nossos irmãos que o céu é sermos irmãos, que o céu é fazermos a vontade de Deus, que o céu é amarmos todos e de forma igual, e não deixarmos ninguém de parte”, desenvolveu a irmã Linda Vieira, das Filhas de Maria Auxiliadora (Salesianas).
Franciscano há 51 anos, frei João Lourenço explica que esta vocação para o mundo é um sinal de que existem “valores que vão para além daqueles que são os resultantes das necessidades humanas” e há realidades que “movem os corações das pessoas para além dessas realidades”.
“Para a Igreja, é importante para testemunhar que há muitos caminhos, muitas formas, muitos modus vivendi, para poder-se testemunhar esta paixão, esta consagração, este lavar a nossa túnica no mistério pascal de Jesus Cristo, acrescentou.
A Comissão Vocações e Ministérios, da Conferência Episcopal Portuguesa, preparou materiais para a vivência e divulgação da Semana de Oração pelas Vocações, propondo também que em cada dia desta semana se reze por uma vocação específica.
O 58.º Dia Mundial de Oração pelas Vocações celebra-se este domingo, o quarto da Páscoa, com o tema ‘São José: o sonho da vocação’, escolhido pelo Papa Francisco.
CB