Vocação: Padre Tony Neves partilha a sua vida em «Missão de Servir» e dos missionários «na linha da frente» (c/vídeo)

Missionário português é o responsável pelo Departamento da Justiça, Paz e Integridade da Criação dos Espiritanos

Lisboa, 31 jul 2019 (Ecclesia) – O padre Tony Neves, Missionário do Espírito Santo, publicou o livro ‘A Missão de Servir’ para celebrar 30 anos de ordenação sacerdotal, com textos sobre os seis anos em que foi superior da Província Portuguesa dos Espiritanos.

“A minha convicção interior é que quem está nestes cargos de alta responsabilidade tem de servir mesmo, não se pode servir nem das pessoas, nem dos cargos, tem de estar mesmo ao serviço”, disse em entrevista à Agência ECCLESIA.

O padre Tony Neves revela que se inspira “muito no Papa Francisco” que não se tem cansado de “dizer que quer um clero simples, pobre, próximo dos pobres, e disponível para escutar” todasw as pessoas, para estar onde “muitas outras pessoas não querem estar”.

“Essa atitude de disponibilidade, de simplicidade e de serviço tem de marcar a nossa maneira de estar na vida”, acrescenta, observando que “não faz sentido” um bispo, um superior-geral, um superior de uma comunidade, “se sirva do cargo que lhe confiam para se promover”.

‘A Missão de Servir’ surge de um desafio feito quando o religioso terminou as funções de superior da Província Portuguesa dos Espiritanos, “os últimos seis anos” que “foram muito intensos”: “Fui convidado para fazer muitas conferências, escrever muitos artigos em revistas e muitas reportagens das minhas visitas aos colegas que trabalham na linha da frente”.

O autor espera que as pessoas “possam aproveitar e crescer” como sentiu que “cresceu ao viver as experiências” que está a narrar, e considera que isso é possível lendo “os testemunhos de muitas pessoas” que retrata.

A nova publicação também celebra os 30 anos de sacerdócio do padre Tony Neves que foi ordenado em 1989, um tempo “passado depressa mas sempre com alegria enorme”.

“A avaliação que faço é sempre de uma pessoa que, cada vez, está mais feliz com a opção tomada e mais consciente que a missão está sempre no começo. É sempre muito mais aquilo que está por fazer”, desenvolveu.

O sacerdote esteve em missão em Angola durante a guerra civil, de 1989 a 1994, tem um doutoramento em Ciência Política, com uma tese sobre o impacto no processo de paz das intervenções da Igreja católica em Angola, pela Universidade Lusófona (Lisboa, 2011); pós-graduações em Ciência das Religiões (Paris) e Lusofonia e Relações Internacionais e licenciatura em Teologia e Comunicação Social, pela Universidade Católica Portuguesa.

Os missionários do Espírito Santo estão presentes em 70 países e, atualmente, o padre Tony Neves é o responsável mundial pelo Departamento da Justiça, Paz e Integridade da Criação da congregação que, segundo o seu superior-geral é a “linha da frente o mais avançado que se possa imaginar”.

Padre Tony Neves em Angola

“Este ano da experiência em Roma tem provado que tenho três mil colegas espalhados pelo mundo e, boa parte, estão em situações muito complicadas e a fazer trabalhos absolutamente fantásticos”, adianta.

Neste contexto, destacou alguns sítios onde esteve durante este ano pastoral a acompanhar o serviço dos Espiritanos, como em Zanzibar (arquipélago na costa da Tanzânia) num contexto em que “99% são muçulmanos” e “é desafiante”, um mês em Angola “a fazer formações” no âmbito da “justiça, da paz, combate à corrupção, dos direitos humanos”, ou o trabalho “dificílimo mas muito importante” nas favelas de São Paulo (Brasil).

‘A Missão de Servir’ foi apresentada na terra natal do padre Tony Neves, em Jancido (Gondomar), Diocese do Porto, e reverte para o Centro Padre Alves Correia (CEPAC), obra Espiritana que apoia os migrantes.

HM/CB

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