ViVaHáVida

O nome da associação quer ser uma exaltação a Deus pelo Dom da Vida, que devemos estimar, respeitar e preservar. Foi escolhida como padroeira Santa Joana Beretta Molla, que é celebrada no dia 28 de Abril. É uma santa do século XX, canonizada pelo Papa João Paulo II, médica pediatra de profissão, que tendo uma gravidez de risco, quis levar a gravidez até ao fim, mesmo com o risco de morte, o que de facto veio a acontecer, mas salvando a sua criança. O Notícias de Setúbal falou com o Padre João Tavares, presidente da direcção da Associação ViVaHáVida, que falou desta recente associação que muitos identificam como tendo sido uma grande batalhadora pela vida no referendo de 2007. Mas a sua actividade estendeu-se mais ainda para lá da data do referendo, e as iniciativas pró-vida têm continuado. A Associação VivaHáVida nasceu do desejo do sacerdote e de outros cristãos de fazerem acções de promoção da vida humana, defendendo-a nomeadamente da ameaça do aborto e da eutanásia, promovendo também a escolha consequente e a formação para os métodos naturais de planeamento familiar. No entanto, essencialmente, a associação escolheu como ideia-base encaminhar e orientar mulheres grávidas em risco. Para estas, sobretudo as adolescentes, existem três linhas de telemóvel, pelas quais qualquer pessoa pode pedir informação e/ou ajuda: 91 8251641, 93 4767676 e 96 9940701, ou ainda podem consultar o site da associação, www.vivahavida.org. Depois do primeiro contacto telefónico, existe outro, sob sigilo, que vai fazer com que a grávida e o elemento da associação conversem, e se tente assim melhor enquadrar o caso e promover alternativas e saídas para o problema concreto da pessoa. Durante estes anos, a Associação já ajudou a encaminhar algumas situações; só uma delas não foi bem sucedido. A Associação conta sempre com a chegada de novos casos, e espera que, através da divulgação que se tem vindo a fazer, se chegue a futuras mães que estejam tentadas a abortar por algum motivo. O Pe João Tavares apela, por isso, a todas as paróquias da diocese, instituições e pessoas que tenham conhecimento de alguns casos destes que não hesitem a contactar a associação, caso não consigam dar seguimento, ou não saibam como fazer. «Estamos aqui para ajudar e dizer às pessoas que o aborto não é solução de nada», referiu. A Associação VivaháVida só se constituiu formalmente em 2006, se bem que o trabalho de constituição de um grupo e de especificação de objectivos, demorou cerca de quatro anos. A sede está na paróquia da Moita e, neste momento, está á espera de passar a ser considerada uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) e com o fito de vir a ser depois declarada de Utilidade Pública, mas procura inserir-se noutras comunidades através de acções de formação no âmbito da promoção da vida humana, e o próprio atendimento das grávidas em risco é feito perto das suas zonas de residência. Esta associação vai vivendo com a ajuda dos cerca de 20 sócios que desempenham os cargos directivos e de trabalho voluntário na associação. «Todos os sócios estão indicados para realizar uma tarefa na associação, na sua área de trabalho», disse, acrescentando que o pagamento das quotas por partes destes associados e alguns donativos de pessoas anónimas é que permitem a sobrevivência do grupo. Foi criada também uma liga de amigos que pretende ser uma forma de ajuda, através de várias iniciativas, como a doação de roupas, acolhimento de alguma grávida, angariação de alimentos e oração. Neste momento, o sacerdote ainda não aponta especiais problemas ou dificuldades, mas reconhece que, para crescer mais, talvez se tenha um dia de passar a ter trabalhadores efectivos e não apenas os voluntários, se for preciso dar resposta a mais casos. Um dos anseios muito claros é ter um centro de acolhimento para grávidas em risco, de modo a dar uma resposta mais concreta a este problema. O Padre João Tavares gostaria ainda de ter uma maior capacidade de intervenção, e para isso necessita de que a associação seja mais conhecida e divulgada para que as pessoas possam contactá-los e ajudar. «Vamos para isso fazer três acções de sensibilização em três cidades do nosso distrito», referiu, sem enjeitar a possibilidade de chegarem também aos hospitais, centros de saúde e escolas. BML

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