Visita à Jordânia com olhar sobre a Síria

Primeiro dia da viagem papal inclui jantar com refugiados e Missa para milhares de pessoas em Amã

Amã, 24 mai 2014 (Ecclesia) – O Papa Francisco cumpre hoje na Jordânia a etapa inicial da sua primeira viagem à Terra Santa, num dia que inclui encontros com refugiados sírios e uma Missa para milhares de pessoas em Amã.

O Papa não vai ter qualquer cerimónia de boas-vindas no aeroporto internacional, com Francisco a seguir para o Palácio Real de Amã, onde decorre a “visita de cortesia” ao Rei da Jordânia e o encontro com as autoridades locais.

Por volta das 16h00 (menos duas em Lisboa) está prevista a chegada ao Estádio Internacional de Amã, que o Papa vai percorrer num automóvel descoberto, antes da Missa, na qual vão fazer a Primeira Comunhão 1400 crianças.

O dia vai concluir-se com uma visita ao local do Batismo de Jesus, junto ao Rio Jordão, na margem jordana, pelas 19h00, onde decorrerá o encontro com refugiados sírios e jovens com deficiência.

Francisco vai abençoar a água, à imagem do que fez Paulo VI em 1964, naquela que foi a primeira viagem de um Papa moderno à Terra Santa.

Em seguida, o Papa Francisco vai regressar a Amã, e jantar com refugiados da Síria e um grupo de pobres da comunidade local, segundo adiantou o Patriarcado Latino de Jerusalém.

Segundo o cardeal Leonardo Sandri, prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais (Santa Sé), \"o encontro com os refugiados mostrará que a Igreja está ao lado daqueles que mais sofrem e representará um apelo ao mundo inteiro para uma ajuda concreta a estas pessoas”.

O Papa recebeu em abril o rei Abdullah II, da Jordânia, num encontro centrado na “colaboração no compromisso pela paz e o diálogo inter-religioso”.

No Reino Hashemita da Jordânia há cerca de 250 mil cristãos jordanos e palestinos, para além de dezenas de milhares de trabalhadores migrantes cristãos da Ásia e da África e refugiados da Síria e do Iraque.

Os católicos estão distribuídos em 80 mil fiéis do rito latino (rito romano), a que se somam aproximadamente 50 mil trabalhadores migrantes; 32 mil católicos do rito grego; pequenas comunidades do rito maronita, arménio e sírio, bem como milhares de caldeus do Iraque.

OC

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Agência ECCLESIA

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