Viseu: Sínodo quer envolver quem está afastado da Igreja Católica

Bispo diocesano diz que este projeto só terá sucesso com a contribuição de todos

Viseu, 08 mar 2012 (Ecclesia) – O bispo de Viseu, D. Ilídio Leandro, quer ouvir a opinião dos que estão afastados ou em rutura com a Igreja Católica durante o sínodo que decorre de 2010 a 2015.

“A vossa colaboração é importante e necessária, seja em críticas ou sugestões construtivas, seja em compreensão pelas falhas e limites de todos nós, os cristãos da Igreja de Viseu”, assinala o prelado, numa nota hoje publicado no ‘Jornal da Beira’, que dedica uma secção especial a este acontecimento.

Um inquérito de rua realizado pelo semanário, em cinco localidades da Diocese viseense, revelou que 84% dos inquiridos “não sabiam o que era o sínodo diocesano”.

O bispo local refere que todos os católicos são “chamados a dar um passo para iniciar, caminhar e viver neste projeto de comunhão e de missão”.

“É esta a hora de começar”, afirma D. Ilídio Leandro, apelando à “comunhão de corresponsabilidade”.

“A nossa Igreja Diocesana precisa de todos: sacerdotes, leigos, religiosos, consagrados em institutos seculares”, acrescenta.

Os sínodos diocesanos são assembleias consultivas destinadas a discutir questões importantes das Igrejas particulares.

De acordo com o Código de Direito Canónico, devem ser convocados pelo bispo quando “as circunstâncias o aconselharem”, depois de ouvido o Conselho Presbiteral, órgão constituído por representantes dos padres.

Falando do sínodo como ‘Espelho da Igreja de Viseu’, D. Ilídio Leandro diz que é preciso que os católicos se questionem: “Quem e como somos, onde estamos e como vivemos, para onde e como queremos ir, com quem e como vamos”.

Este projeto, acrescenta, implica o confronto de posições para depois proceder aos “necessários retoques e mudanças”, definindo “os ideais e as metas a atingir”.

“O percurso que está a ser feito pelos grupos de reflexão e de estudo pré-sinodal, o recenseamento à prática dominical e um inquérito global a fazer, dar-nos-ão preciosos elementos (a estudar e a aprofundar nos seus diversos sinais)”, escreve.

A Diocese de Viseu tem previsto um inquérito à população em 2013, ano em que vai elaborar um documento de trabalho com apresentação de propostas para as quatro assembleias sinodais marcadas para 2014 e 2015.

JB/OC

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