Viseu: Sacerdote lança 12 desafios para o Ano Novo, na vida em Igreja

Padre Sérgio Pinho reflete sobre verbos que «provocam o movimento»

Viseu,12 jan 2022 (Ecclesia) – O padre Sérgio Pinho, da Diocese de Viseu, escreveu no Observatório Pastoral um conjunto de 12 desafios para a Igreja no Ano Novo e disse à Agência ECCLESIA que escolheu “verbos porque provocam o movimento”.

“O verbo é o elemento que provoca o movimento numa frase e por isso também escolhi 12 verbos para provocarem o movimento na Igreja neste Ano Novo”, refere em declarações à Agência ECCLESIA.

Colaborador assíduo do Observatório Pastoral, o padre Sérgio Pinho inspirou-se na tradição “de se comerem 12 passas enquanto se pedem 12 desejos para o novo ano” e começou a fazer uma lista de verbos.

“Curiosamente o primeiro verbo que me surgiu foi o ‘acolher’, a primeira atitude grandiosa da Igreja, e outro verbo que reforço é o ‘sair’, que na lista está em último, porque é o verbo que nos faz avançar e caminhar no novo ano”, aponta o sacerdote de 34 anos.

O padre Sérgio Pinho, pároco de Caparrosa, de Mosteiro de Fráguas, de Silvares e de Vilar de Besteiros, na diocese de Viseu, sentiu a necessidade de colocar em movimento, aliando à “novidade” do processo sinodal proposto pelo Papa Francisco.

Queremos que seja a grande novidade, este processo sinodal dá-nos a perspetiva de iniciar um percurso sem sabermos onde vamos parar, nem se vamos parar… E o grande desafio é sair, ir ao encontro, sair da Igreja, da sacristia, das tradições, perceber e motivar o que os crentes estejam”.

O sacerdote assume que verbos como ‘transformar, renovar, converter ou inovar’ nem sempre sejam usados na prática na Igreja e reforça que “não se pode ter medo da novidade” e que “existe muita coisa a receber da realidade humana” basta que “a Igreja tenha humildade para receber e se renovar”.

Doze dias depois do início de 2022 o padre Sérgio já conseguiu “colocar em prática” alguns destes verbos que “carregam” o objetivo de desafiar e movimentar.

“Nestes dias já consegui essencialmente escutar, celebrar, comungar e sair mas o verbo ‘acolher’ foi numa prática especial, o único batismo que celebrei neste ano foi de uma criança de pais que não são casados e o acolhimento foi necessário porque acredito que a Igreja é para todos”, afirma.

O jovem padre, quase a celebrar 10 anos de sacerdócio, lamenta “o envelhecimento das suas comunidades paroquiais” e acredita que o processo sinodal traga as apostas do “diálogos e formação” para os leigos.

A lista dos 12 desafios para a Igreja neste Ano Novo onde constam os 12 verbos pode ser consultada no sítio online da diocese de Viseu.

SN

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