Viseu: Equipa de Pastoral do Ensino Superior integra professores e funcionários que dão «continuidade» 

Responsável, frei José Carlos Matias, refere que «há algum preconceito» com a Igreja mas o «segredo é estar com» os jovens estudantes

Foto: Pastoral Universitária de Viseu

Viseu, 26 set 2022 (Ecclesia) – Frei José Carlos Matias, responsável pela Pastoral do Ensino Superior de Viseu, disse à Agência ECCLESIA que “é preciso estar com” os jovens universitários, em dinâmica de “diálogo e caminho conjunto”. 

“Há uma vontade grande de encontro e de estar; às vezes há preconceito em relação à Igreja e só podemos contornar isso pelo diálogo, dar-se a conhecer, somos um grupo da Igreja mas não somos um grupo fechado”, realça.

O sacerdote franciscano assumiu a pastoral em tempo de pandemia, algo que “não foi fácil”, mas destaca o trabalho em rede e o esforço da equipa. 

“Temos tentado criar rede, por exemplo uma das escolas tem gabinete de apoio aos alunos e tentamos divulgar isso para que todos os alunos possam saber, noutra das escolas nasceu um grupo de voluntariado, na nossa equipa vamos divulgando e já há jovens de todas as escolas a pertencer ao grupo”, conta. 

O sacerdote tentou “procurar e motivar” professores e funcionários para integrar a equipa de pastoral do Ensino Superior de Viseu, que atualmente conta com 15 membros.

“Os estudantes passam mas professores e funcionários são elementos que dão uma certa continuidade e, a partir dali, começar a saber que o nosso objetivo é encontrar os alunos e que cheguem a outros alunos”, indica. 

Frei José Carlos Matias aponta ainda que “estar com é o segredo”.

Foto: Pastoral Universitária de Viseu

“Não conseguimos cativar sem estar com a pessoa, sentir que estamos com eles, como pastoral ensino superior da diocese a fé é fundamental, o que nos une e dá vontade de levar a mensagem, além de ter um espírito aberto e ser capaz de dialogar”, considera. 

A equipa trabalha em conjunto com as várias “associações de estudantes, associações académicas, com os jovens universitários. 

“O primeiro é o encontro pessoal e humano, para que percebem que temos os mesmos desafios, podemos caminhar e encontrar solução, tento estar presente nos momentos de festa, na sardinhada, na semana de integração e na semana académica, porque só estando com eles é que os vamos conhecendo”, explica.

O uso do hábito franciscano leva frei José Carlos Matias a ter de responder a “muitas questões”  e refere mesmo que há jovens que não mudaram totalmente de opinião mas que “são ajuda preciosa” na pastoral, o que mostra que podem trabalhar juntos mesmo com opiniões diferentes”. 

A entrevista integrou o programa de rádio ECCLESIA, na Antena 1 da rádio pública, deste sábado, estando disponível online e em podcast.

SN

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