Viseu: Diocese promoveu formação sobre «Violência sexual no contexto da Igreja Católica em Portugal»

D. António Luciano destacou a importância de trabalhar um «tema que fere as vítimas, a Igreja e a Humanidade»

Foto: Diocese de Viseu

Viseu, 17 fev 2025 (Ecclesia) – A Diocese de Viseu promoveu uma formação sobre a ‘Violência sexual no contexto da Igreja Católica em Portugal’, com a participação de “cerca de 130 agentes pastorais e membros da comunidade”, este sábado, no auditório do Seminário Maior.

“Tema que fere as vítimas, a Igreja e a Humanidade. Mesmo quando as feridas são curadas ficam as cicatrizes e a dor permanece na vida da Igreja e das comunidades”, destacou o bispo de Viseu, que participou nesta formação, sobre a importância de trabalharem o tema da ‘Violência sexual no contexto da Igreja Católica em Portugal’.

Na nota enviada à Agência ECCLESIA, esta segunda-feira, dia 17 de fevereiro, a Diocese de Viseu realça que está empenhada na prevenção da violência sexual na Igreja, a formação ‘Violência sexual no contexto da Igreja Católica em Portugal’ reuniu “cerca de 130 agentes pastorais e membros da comunidade”, no sábado, dia 15.

Esta iniciativa foi promovida pela Comissão Diocesana de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis de Viseu e pelo Grupo VITA – Grupo de Acompanhamento das situações de abuso sexual de crianças e adultos vulneráveis no contexto da Igreja Católica em Portugal foi criado pela CEP -, com D. António Luciano a enaltecer a importância do trabalho conjunto como “promotor de prevenção, para que a Igreja seja um lugar seguro e acolhedor para todos”.

“É uma dor que nós queremos suavizar e por isso têm sido criadas respostas, a nível mundial e nacional, nomeadamente através das Comissões Diocesanas, da Comissão Nacional e do Grupo VITA”, acrescentou o bispo viseense.

A sessão, no auditório do Seminário Maior de Viseu, foi orientada pelos especialistas Ricardo Barroso e Joana Alexandre, do Grupo VITA, a coordenadora da Comissão Diocesana de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis, Cátia Almeida, deu início aos trabalhos com a apresentação deste grupo de trabalho.

“A Igreja decidiu olhar de frente para este flagelo, para esta temática tão difícil dos abusos sexuais, levantar o véu e enfrentar o problema de frente; a Igreja neste campo está a trilhar um caminho que outras instituições deviam seguir também”, explicou Cátia Almeida.

Foto: Diocese de Viseu

Ricardo Barroso e Joana Alexandre apresentaram o Grupo VITA e a sua missão; apresentaram também as estatísticas sobre o abuso sexual, “no contexto internacional e nacional”, o perfil dos agressores e das vítimas, e “exemplificaram os sinais de alarme de situações potencialmente problemáticas”, bem como as estratégias preventivas que “devem ser divulgadas em todos os ambientes da Igreja”, para além de esclarecerem dúvidas dos participantes.

O bispo de Viseu destacou ainda a importância do trabalho realizado pela Comissão Diocesana de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis, que foi criada em 2020 e tem como missão “acolher, acompanhar, encaminhar e prevenir”, e dos seus membros, os atuais nomeados em 2024, e a equipa anterior.

A Comissão Diocesana de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis de Viseu, nomeada por três anos (2024/2027), é constituída por Cátia Almeida, médica pedopsiquiatra; a juíza de direito Patrícia Barroso; o advogado João Abrantes; José Chaves, chefe coordenador da PSP; Ana Sofia Caetano, médica psiquiatra; e Olivério Ribeiro, professor da Escola Superior de Saúde.

A Diocese de Viseu lembrou ainda, do seu calendário, que esta terça-feira, dia 18 de fevereiro, com a cidade de Viseu, celebra o seu padroeiro São Teotónio, com uma Missa na catedral, presidida por D. António Luciano, às 18h30.

CB

 

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