Primeiro santo português morreu há 850 anos
Viseu, 12 Jan 2012 (Ecclesia) –A diocese de Viseu está a preparar um “vasto programa de iniciativas”, em 2012, na celebração dos 850 anos da morte de São Teotónio (1082-1162), primeiro santo português, e dos 900 anos do seu priorado na sé local.
As festividades têm o seu início a 18 de fevereiro, festa litúrgica de São Teotónio, com uma celebração, na catedral, presidida por D. Ilídio Leandro, bispo de Viseu, e com a presença de “outros bispos das dioceses onde São Teotónio também marcou presença, nomeadamente, Coimbra e Viana do Castelo”, revela o site da diocese.
As iniciativas, preparadas por uma comissão liderada pelo Departamento dos Bens Culturais da diocese, com o apoio da Câmara Municipal de Viseu e do hospital da cidade, “contribuem também para a dinâmica cultural e turística da região”.
De 16 de fevereiro até julho estará patente, no Museu Grão Vasco daquela cidade, uma exposição com peças de arte relativas a São Teotónio, provenientes de várias dioceses e museu nacionais e mesmo de coleções particulares.
Em março, será apresentado o catálogo da exposição, desenvolvendo-se também um “conjunto de apresentações de estudos sobre a época e vida de São Teotónio”, acrescenta a nota da diocese de Viseu.
As conferências quaresmais deste ano colocam em destaque a “personalidade de São Teotónio e a sua vida, como testemunho de fé e de serviço aos mais pobres, apontando-o como exemplo a inspirar a atitude dos crentes”.
A relíquia de São Teotónio, habitualmente exposta na sé de Viseu, fará, ao longo do ano, uma peregrinação por todos os arciprestados (conjuntos de paróquias) da diocese.
São Teotónio assumiu especial protagonismo nos “alvores da nacionalidade, como conselheiro de D. Afonso Henriques e como primeiro prior do Convento de Santa Cruz de Coimbra”.
Prior da igreja da sé de Viseu, foi constituído por D. João de Bragança como padroeiro da diocese, sendo-o também da cidade de Viseu e do seu hospital.
São Teotónio nasceu em Ganfei (Valença do Minho) e foi um dos fundadores do mosteiro da Santa Cruz em Coimbra.
A sua canonização foi aprovada pelo Papa Alexandre III (1159-1181).
LFS/OC