Viseu: Diocese associa-se ao «Dia da Consciência», com convite a trabalhar por «um mundo mais justo e fraterno»

«Expressamos com profundo sentido de justiça e desejo de paz o maior bem para todos os povos do mundo» – D. António Luciano

Foto presidencia.pt

Viseu, 14 jun 2024 (Ecclesia) – O bispo de Viseu incentiva a viver o ‘Dia da Consciência’, que se celebra a 17 de junho, “unidos a todas” as pessoas que se sentem “roubados na sua dignidade, enquanto pessoas humanas”.

“Trabalhemos todos por um mundo mais justo e fraterno, em que sejamos construtores de um mundo novo e da paz”, pede D. António Luciano, numa mensagem enviada hoje à Agência ECCLESIA.

A Diocese de Viseu vai associar-se ao ‘Dia da Consciência’, comemorado a nível internacional em homenagem a Aristides de Sousa Mendes, o cônsul português de Bordéus (França) que salvou milhares de pessoas na II Guerra Mundial, em “comunhão” com todos os que se associam a esta efeméride, e expressam “com profundo sentido de justiça e desejo de paz o maior bem para todos os povos do mundo”.

“Vivamos este ‘Dia da Consciência’ unidos a todas as crianças, jovens, mulheres e homens de todo o mundo, que se sentem roubados na sua dignidade, enquanto pessoas humanas, nos seus bens e direitos. Elevemos a nossa prece ao alto, ao Deus da Vida, para que nos ajude a acolher, a cuidar e a integrar todos aqueles que precisam de ajuda”, escreve D. António Luciano.

O bispo de Viseu convida também a rezar neste dia por “todos aqueles que serviram a humanidade”, olhando com respeito para a “alteridade do outro, respeitando a sua consciência como ‘o santuário íntimo’ onde o homem é tocado por Deus” (cf. GS 16) e cria uma capacidade de liberdade e responsabilidade.

Num tempo em que o mundo global sofre diversas formas de conflitos, de agressões, de violências, de guerras, de alterações climáticas graves, de fenómenos de pobreza e de miséria, nunca antes vistos, perante cenários de instabilidade social e política, é preciso sonhar com esperança uma nova humanidade enriquecida com valores altruístas, cívicos, políticos, éticos e religiosos”.

O ‘Dia da Consciência’, recorda o responsável diocesano, começou a ser celebrado, em 2020, com o reconhecimento do Papa Francisco, que indicou Aristides de Sousa Mendes como o seu patrono, “em nome da justiça e da defesa da dignidade da pessoa humana, por ter decidido ‘seguir a voz da sua consciência’ e salvar “a vida de milhares de judeus e outras pessoas perseguidas”.

No dia 17 de junho de 1940, o cônsul português em Bordéus começou a dar visto de entrada em Portugal a dezenas de milhares de pessoas, crianças, mulheres e homens, “que sofriam as atrocidades das tropas nazis que tinham invadido as terras da Europa”.

Aristides de Sousa Mendes (1885-1954), que nasceu em Cabanas de Viriato (Carregal do Sal), na Diocese de Viseu, acrescenta a mensagem foi “um homem de coragem, um diplomata responsável, com sentido de respeito e responsabilidade diante da vida e da dignidade da pessoa humana”.

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou o antigo cônsul, a título póstumo, com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, a 3 de abril de 2017; O ‘Yad Vashem’, distinguiu Aristides de Sousa Mendes com o título de “Justo entre a Nações” do Memorial do Holocausto, a maior distinção para não-judeus que pode ser emitida em nome do Estado de Israel, no dia 18 de outubro de 1966.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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