D. António Luciano deixou desafios às comunidades católicas, em ano marcado por celebrações online
Viseu, 06 jun 2021 (Ecclesia) – O bispo de Viseu presidiu hoje à Missa do Dia da Diocese, na catedral local, pedindo uma “Igreja mais digna, dinâmica e renovada”, capaz de “cuidar dos mais pobres” e de quem precisa de “conforto.
“Precisamos da fé, da esperança e do amor, da oração e do serviço aos mais pobres”, referiu D. António Luciano, na homilia da Eucaristia, com transmissão online.
O dia da Diocese de Viseu teve como tema ‘Batizado, alimenta-te na esperança’; simbolicamente, durante a celebração foram batizadas quatro crianças.
O bispo diocesano assinalou que, no contexto da pandemia, muitos se perguntam qual é o fundamento da esperança.
“A Igreja nasceu do dom total de Cristo, para a salvação dos homens”, observou.
O responsável apelou a uma “renovação espiritual” da Igreja, com serviços disponíveis para a missão.
“A Igreja tem de servir, tem de ir ao encontro, tem de ser uma Igreja em saída”, indicou.
Numa diocese sem ordenações sacerdotais desde 2017, D. António Luciano recordou a importância de uma Igreja cada vez mais “ministerial”, que conta com a participação dos leigos, especialmente as famílias.
“Convido a Igreja de Viseu a ser uma Igreja mãe, vigilante e atenta”, declarou.
O bispo diocesano apontou à necessidade de responder aos desafios deixados pelo Papa Francisco, que convocou o ‘Ano Amoris Laetitia’, desejando a implementação de “grupos de famílias para viver a vocação e a missão evangelizadora”.
Além da Missa presidida, o Dia da Diocese de Viseu contou com uma sessão online, transmitida através do YouTube.
D. António Luciano convidou todos a “sentir-se mais família”, construindo a “comunhão” nas comunidades católicas.
“Que seja um ponto de partida, no nosso programa pastoral, neste itinerário da iniciação cristã”, apontou.
Abel Dias, diretor do Secretariado Diocesano da Educação Cristã, partilhou uma reflexão sobre o último ano pastoral, marcado pela pandemia, destacando o esforço realizado para superar os constrangimentos que esta situação provocou.
“É altura de celebrarmos o entusiasmo, a dedicação de tantas pessoas”, apontou.
A sessão contou com vários momentos musicais, testemunhos e depoimentos sobre o impacto da crise provocada pela Covid-19, nos últimos meses.
O padre Manuel Clemente, vigário episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, destacou que a pandemia veio “confirmar” problemas e revelar “novas necessidades”, na diocese.
O responsável assumiu a intenção de criar organismos que permitam congregar as “forças vivas” da diocese que as IPSS representam, instituindo também, se for possível, um fundo para estas instituições.
“É o tempo de agir, é necessário reinventar-nos”, referiu.
Já o padre Fernando Chapeiro, responsável pela Pastoral da Juventude na Diocese de Viseu, apontou à realização da Jornada Mundial da Juventude, que Lisboa vai receber no verão de 2023.
OC