«Quisemos juntar pessoas com vivências e experiências de vida diferentes, com registos de fé distintos para fazerem uma meditação» – Fátima Eusébio
Viseu, 27 mar 2024 (Ecclesia) – O Departamento dos Bens Culturais da Diocese de Viseu promoveu uma Via-Sacra, através dos 14 painéis de arte efémera em serradura e sal coloridos, no claustro superior da Sé, e convidou várias pessoas para partilharem a sua vida nas medições.
“Meditar e reviver o sentido da nossa existência, à luz da vida, do mistério, do sofrimento e da morte de Cristo é um motivo de esperança, que encontra as suas raízes no Mistério Pascal”, assinalou o bispo de Viseu, D. António Luciano, que também participou nesta Via-Sacra na Sé.
Na nota enviada à Agência ECCLESIA, o Gabinete de Informação da Diocese de Viseu contextualiza que o Departamento Diocesano dos Bens Culturais organizou esta ‘Via Crucis’, com reuniu “cerca de 80 pessoas”, e promoveu a sua contemplação, através de meditações feitas por diferentes pessoas, intercaladas com poesia e música.
“A ideia das meditações surgiu no âmbito daquela caminhada de sofrimento que Jesus fez e nele projetamos o rosto de muitas caminhadas diferentes, porque todos nós temos as nossas cruzes, com pesos diferenciados, porque há vidas muito difíceis e outras mais facilitadas”, explicou a coordenadora dos Bens Culturais de Viseu.
Neste sentido, o departamento diocesano convidou para partilharem “o seu olhar” sobre uma das estações” e meditar “sentimentos, interrogações e dúvidas, as suas conquistas e perdas” 13 pessoas: um político, um padre, um polícia e peregrino, uma mãe cuja filha faleceu com 15 anos, uma professora, uma médica, uma jovem, um elemento da pastoral penitenciária, um vencedor de uma doença grave, um responsável pela JMJ Viseu, um preso, uma esposa e mãe cujo marido faleceu, um economista e um artista.
“Há formas de encarar esse peso da cruz de diferentes formas, por isso quisemos juntar pessoas com vivências e experiências de vida diferentes, com registos de fé distintos para fazerem uma meditação à luz da estação da Via-Sacra que lhes foi atribuída”, acrescentou Fátima Eusébio.
A coordenadora do Departamento dos Bens Culturais da Diocese de Viseu destacou que nesta Via-Sacra, no sábado, dia 23 de março, à arte efémera juntaram as meditações, a “arte da poesia”, com a declamação de alguns poemas pelo Grupo ‘Off’, os cantares da amentação das almas, com o grupo da Paróquia de Campo de Madalena, com ‘Os Martírios do Senhor’, e o padre Pedro Leitão, no claustro inferior, cantou três cânticos.
“Tudo junto proporcionou uma ambiência muito particular, também com as velas que iluminaram o recinto, resultando numa apresentação sequencial, profunda, tocante e cheia de beleza”, realçou Fátima Eusébio.
A Via-Sacra é o ciclo tradicional de 14 estações relativas aos momentos da prisão, julgamento e condenação à morte de Jesus Cristo.
CB/OC