Solenidade do Coração Sacerdotal de Jesus foi ocasião para juntar o presbitério da diocese
Viseu, 17 jun 2023 (Ecclesia) – O bispo de Viseu presidiu a uma celebração com os padres da diocese por ocasião da solenidade do Coração Sacerdotal de Jesus e quis lembrar os sacerdotes “doentes, que se sentem sozinhos, abandonados, desanimados e em dificuldade”.
“O padre é chamado a uma permanente conversão, cuja peregrinação interior o leva a procurar e a buscar a Deus na realização da sua vontade, a viver a vocação de servidor e cuidador do próximo, dando a vida pelo seu rebanho”, lembrou D. António Luciano ao presbitério da diocese de Viseu.
O responsável pediu “uma vida interior séria e com profundidade espiritual”, essencial para “o exercício do ministério sacerdotal num estilo de vida à imagem do bom Pastor”.
“Ser sacerdote significa ter um coração simples e disponível semelhante ao de Jesus”, sublinhou durante a homilia da celebração, enviada à Agência ECCLESIA.
“É importante na vida do padre interrogar-se: «De que vivemos nós? Para quem vivemos nós». A tentação de se deixar levar pelo turbilhão do fazer é fácil. A nossa vida espiritual ensina-nos a ser muito mais. A nossa vida espiritual ensina-nos a fazer a aventura interior: procurar Deus e deixar-se encontrar por Ele”, acrescentou.
D. António Luciano apelou aos padres que não se distraiam com “ecrãs, portáteis”, que “informam e nos divertem (ou nos distraem), mas não nos trazem a felicidade”.
“Sim, é no interior que nós não enganamos. É no interior que nós encontramos a verdadeira identidade de ser. Para o padre é urgente, no decurso de uma vida intensa a nível pessoal e pastoral, cultivar a vida interior com verdade, lealdade, transparência e coerência evangélica. Só um ser que tem uma boa qualidade de vida interior poderá irradiar benevolência, amor e paz”, indicou.
O bispo de Viseu apelou ainda para que os padres não se sintam sós, uma vez que estão “unidos pela força do sacramento e pelo vínculo da comunhão aos outros sacerdotes para crescer com eles na fraternidade sacramental”, convidando os que se afastaram e “isolaram do presbitério” a participar “da vida da diocese”.
“Não nos esqueçamos dos nossos deveres como pastores exercendo com alegria e caridade o múnus de ensinar, santificar e governar”, sublinhou.
LS