«É mais uma valência que a Cáritas assume no serviço aos mais necessitados» – Diácono Felisberto Marques
Viseu, 15 out 2024 (Ecclesia) – A Cáritas Diocesana de Viseu assinou o auto de consignação para a requalificação de quatro casas, antigas Moradias Vicentinas, ao abrigo da Bolsa Nacional de Alojamento Urgente e Temporário (BNAUT), que vão acolher pessoas em situação vulnerável.
“Estas casas são raízes, que remontam a uma história importante de Portugal e da Igreja, que nasceram para acolher os pobres e necessitados e agora estas obras dão continuidade à sua função inicial”, disse o bispo de Viseu no encerramento desta cerimónia, informa a diocese numa nota enviada à Agência ECCLESIA.
D. António Luciano, que felicitou a Cáritas Diocesana de Viseu pela concretização deste projeto, espera que, no futuro, “os vindouros”, possam dizer que “valeu a pena o esforço e a cooperação e que a ajuda aos mais necessitados não seja esquecida”.
A Cáritas Diocesana de Viseu assinou o auto de consignação para a requalificação de quatro casas “em ruínas, antigas Moradias Vicentinas, BNAUT, esta segunda-feira, dia 14 de outubro, no Seminário das Missões, dos Missionário Combonianos, onde foi realizada também a cerimónia de lançamento da primeira pedra.
O presidente da direção da Cáritas Diocesana de Viseu explicou que esta obra – que deverá estar concluída em junho do próximo ano – representa um investimento de 360 mil euros, e 246 mil euros são comparticipados pelo Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), para a diferença vão usar fundos próprios e esperam também algum apoio da autarquia local.
As casas que vão ser requalificadas para acolher pessoas em situação vulnerável – “nomeadamente migrantes, pessoas sem-abrigo, refugiados ou vítimas de violência doméstica” – foram vendidas pela Fundação São José à Cáritas, ficam na Rua Padre Miguel Selis, próximas do Seminário das Missões.
“É mais uma valência que a Cáritas assume no serviço aos mais necessitados. Vem dar uma resposta social que ainda não existia destinada a adultos fragilizados, com necessidade de um teto que os abrigue em situações de necessidade extrema”, salientou o diácono Felisberto Marques.
Segundo o presidente do Município de Viseu, Fernando Ruas, esta nova resposta social no concelho vai colmatar uma “lacuna neste segmento” e assegurou que “a Câmara acompanhará este esforço” da Cáritas Diocesana.
O diácono Felisberto Marques recordou que a Cáritas Diocesana de Viseu já tem vários serviços, como a creche para as crianças; o Centro Comunitário que trabalha com adolescentes, jovens e adultos, em Paradinha; “o Programa Escolhas, no Bairro da Balsa, direcionado para adolescentes e jovens”.
A Diocese de Viseu informa que “este momento histórico” foi assinalado com a assinatura de um pergaminho, pelos responsáveis pela obra e demais representantes de entidades locais, que foi enterrado dentro de uma garrafa junto com moedas.
CB